
Cinco policiais morreram nesta quarta-feira na Bolívia e vários outros ficaram feridos, um deles gravemente, quando as forças policiais tentaram restabelecer o tráfego em uma estrada no sul do país tomada por partidários do ex-presidente Evo Morales, que protestam há dias contra a sua desqualificação como candidato à presidência.

Em declarações à mídia, o presidente atual, Luis Arce, garantiu que as operações policiais continuariam "até atingirmos o objetivo que o governo nacional estabeleceu: de dar ao povo boliviano estradas rápidas". Ele também informou sobre as três mortes e reiterou que não renunciaria após se reunir com a liderança militar e seus ministros de segurança para avaliar as medidas a serem tomadas.
Essas são as três primeiras fatalidades após 10 dias de bloqueios de estradas em várias partes do país, organizados por partidários do ex-presidente Morales, depois que uma decisão do tribunal constitucional impediu sua candidatura nas eleições de agosto.
Segundo a estatal Administradora Boliviana de Estradas, havia hoje 19 pontos de bloqueio. O Ministério da Saúde informou que os choques em Cochabamba e Llallagua deixaram 54 feridos.
Nelson Cox, advogado de Evo Morales, disse à agência de notícias France-Press (AFP) que havia três mortos entre os manifestantes, dois deles por arma de fogo, além de 15 feridos e mais de 30 detidos.
