
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (26) a segunda fase do programa Floresta Viva, voltado à restauração ecológica de áreas degradadas em cinco biomas brasileiros: Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica.

A nova etapa prevê um investimento inicial de R$ 100 milhões em recursos não reembolsáveis, oriundos do Fundo Socioambiental do BNDES, com potencial de alcançar R$ 250 milhões por meio da adesão de parceiros públicos e privados.
O objetivo é financiar projetos de recuperação de nascentes e bacias hidrográficas, promover a regulação climática e proteger a biodiversidade, associando conservação ambiental à geração de renda, com o uso de espécies nativas e Sistemas Agroflorestais (SAFs).
“A iniciativa busca conectar a restauração com a economia local, promovendo soluções baseadas na natureza que incluam povos tradicionais, agricultores familiares e assentados da reforma agrária”, informou o BNDES em nota oficial.
Edital e gestão do programa
O banco lançou também o edital para seleção da entidade gestora operacional do Floresta Viva 2, que será responsável por:
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Contratar e acompanhar projetos nos territórios;
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Executar programa de capacitação;
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Fortalecer institucionalmente organizações sociais envolvidas com a preservação ambiental.
O contrato de gestão será de até seis anos, com possibilidade de prorrogação por mais dois.
A entidade vencedora do edital será anunciada durante a COP30, que acontecerá em novembro deste ano, em Belém (PA).
Resultados da fase 1
Na primeira fase, o programa mobilizou R$ 460 milhões, sendo metade dos recursos provenientes de parceiros externos ao banco. Os números incluem:
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Mais de 60 projetos contratados ou em análise;
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Nove editais lançados;
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8.500 hectares de áreas em processo de restauração ecológica.
O Floresta Viva 1 atuou principalmente nos biomas Amazônia e Mata Atlântica, abrindo caminho para uma expansão mais ampla e territorialmente diversificada nesta nova fase.
Contexto e impacto
A segunda fase do Floresta Viva faz parte de uma estratégia do BNDES para integrar políticas de desenvolvimento sustentável, combate às mudanças climáticas e inclusão social, em alinhamento com a agenda ambiental do governo federal e com compromissos internacionais de redução de emissões.
Com foco em biodiversidade, água e clima, o programa também busca criar modelos replicáveis de restauração ecológica que possam ser adotados por estados e municípios.
