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ACIDENTE

Avião que capotou no Pantanal estava regular, afirma delegada

Delegada esclarece que avião capotado no Pantanal era usado para fins privados e estava regular.

30 dezembro 2024 - 15h39Ricardo Eugenio
Avião de pequeno porte sofre acidente em Aquidauana, no Pantanal, em uma do Pantanal de difícil acesso.
Avião de pequeno porte sofre acidente em Aquidauana, no Pantanal, em uma do Pantanal de difícil acesso. - (Foto: Divulgação/DOF)

Na última sexta-feira (27), um avião monomotor modelo Cessna Aircraft (PT-WPI) capotou durante uma tentativa de decolagem em uma fazenda na região pantaneira de Aquidauana, Mato Grosso do Sul. Apesar do susto e dos ferimentos leves entre os ocupantes, a delegada Ana Cláudia Medina, diretora do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), esclareceu que a aeronave estava em situação regular.

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A aeronave, fabricada em 1997 e pertencente à empresa Ibitiguaia Agropecuária LTDA, estava registrada como uso privado no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Segundo Medina, embora o avião não tenha autorização para realizar táxi aéreo, ele não estava sendo usado para transporte remunerado no momento do acidente.

Um voo privado e autorizado - De acordo com a delegada, o avião servia exclusivamente às necessidades logísticas dos proprietários da fazenda e sócios. “Essa aeronave atende os proprietários da fazenda ali, todos os sócios, porque não há outro meio de deslocamento. Não estava em voo irregular nessa questão de táxi aéreo”, explicou Medina.

O piloto, um profissional experiente com 25 anos de atuação na região, estava realizando um voo de rotina para atender às demandas da propriedade rural.

O acidente - Durante a tentativa de decolagem, a aeronave enfrentou dificuldades e acabou capotando em uma área de difícil acesso. O resgate, coordenado pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) e pela CGPA (Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo), foi feito com o auxílio de um helicóptero. Em menos de duas horas, as vítimas foram localizadas e encaminhadas para atendimento médico.

O piloto, de 65 anos, sofreu um hematoma na cabeça, enquanto a passageira, de 55 anos, relatou dores no tórax. Ambos estavam conscientes e orientados durante o resgate. Um terceiro ocupante da aeronave saiu ileso.

Uso de aeronaves privadas na região pantaneira - O uso de aviões para deslocamento em áreas remotas do Pantanal é uma prática comum. Muitas propriedades rurais dependem dessas aeronaves para transporte de pessoas, medicamentos, alimentos e outros suprimentos essenciais.

No entanto, existe uma diferença crucial entre transporte privado e táxi aéreo. Para que um avião realize voos comerciais remunerados, ele precisa de uma autorização específica da Anac, além de seguir rigorosos padrões de manutenção e operação.

“Se ela tiver que ser utilizada em táxi aéreo, ou seja, cobrar para transportar passageiros, aí ela precisaria de autorização da Anac. Mas não era o caso”, reforçou Medina.

Investigação segue em andamento - Apesar de não haver indícios de irregularidades, as causas do acidente ainda serão investigadas pelas autoridades competentes. A Anac e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) devem analisar os fatores que levaram ao capotamento durante a decolagem.

Enquanto isso, a empresa proprietária da aeronave, Ibitiguaia Agropecuária LTDA, não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.

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