
O médico e pecuarista Ramiro Pereira de Matos, de 67 anos, morreu após a queda do avião que pilotava na manhã desta terça-feira (16). Os destroços foram encontrados na Fazenda Santa Terezinha, a 180 quilômetros de Coxim, em área de difícil acesso no Pantanal.

Ramiro saiu de Itiquira (MT) às 7h39, em direção a Sonora (MS), no avião Cessna 210 Silver Eagle, prefixo PS-FDW. A viagem deveria durar cerca de duas horas. No entanto, por volta das 8h30, ele enfrentou mau tempo, relatado em conversa com outro piloto. A voz trêmula indicava que o avião passava por uma situação delicada. Pouco depois, o contato foi perdido.

O último registro do radar foi feito sobre a região da Fazenda Paraíso, entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Cerca de quatro horas depois, equipes de busca encontraram partes do motor da aeronave e confirmaram o acidente.

Segundo informações, há indícios de que o piloto tentou fazer um pouso de emergência. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) não registrou chuvas fortes na região, mas plataformas de monitoramento mostraram ventos intensos e pancadas isoladas de chuva próximas.
A operação de resgate foi coordenada pelo Salvaero Amazônico, com apoio da Base Aérea de Campo Grande, que enviou um avião SC-105 e um helicóptero H-60L para a missão.
A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) confirmou que o avião, fabricado em 1980, estava em situação regular de aeronavegabilidade e poderia voar até 2026. O pecuarista havia comprado a aeronave em março de 2024.
Natural de Campo Grande (MS), Ramiro era ortopedista e também produtor rural. Tinha fazendas em Santo Antônio do Aracanguá (SP), no Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso. Ele era casado e deixa dois filhos — Waldyr, de 37 anos, e outro de 34 —, duas noras e duas netas.
