
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou nesta segunda-feira (11) que o país reconhecerá oficialmente o Estado Palestino. A medida, segundo ele, será formalizada durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para setembro.

A decisão coloca a Austrália no mesmo caminho de países como França, Reino Unido e Canadá, que já manifestaram intenção semelhante. Albanese afirmou que o posicionamento reflete um compromisso com a busca por uma solução pacífica para o conflito no Oriente Médio.
O premiê australiano condenou a situação humanitária na Faixa de Gaza, agravada pelos bombardeios e pela nova ofensiva anunciada pelo governo de Israel, liderado por Benjamin Netanyahu.
“A guerra na Faixa de Gaza se transformou em uma catástrofe humanitária. Precisamos de um caminho que garanta segurança para israelenses e palestinos, e o reconhecimento do Estado Palestino é um passo nessa direção”, disse Albanese.
O reconhecimento do Estado Palestino tem sido tema de debate nas últimas décadas e voltou a ganhar força com a escalada da violência desde outubro de 2023. A iniciativa de países ocidentais em adotar formalmente esse posicionamento é vista por analistas como uma tentativa de pressionar Israel e o Hamas a avançarem em negociações de paz.
Segundo diplomatas, o apoio de países da Oceania, Europa e América do Norte pode influenciar outros membros da ONU a aderirem ao movimento, aumentando o isolamento político do governo israelense nas instâncias multilaterais.
