
Ao menos quatro pessoas morreram e 16 ficaram feridas após uma série de ataques russos com mísseis e drones na Ucrânia durante a madrugada deste sábado (25). As ofensivas, que atingiram principalmente Kiev e Dnipropetrovsk, voltaram a expor a vulnerabilidade do sistema de defesa aérea ucraniano e levaram o presidente Volodymyr Zelenski a reforçar seu apelo por mais baterias de mísseis Patriot aos aliados ocidentais.
Na capital ucraniana, Kiev, um ataque com míssil balístico matou duas pessoas e deixou nove feridas, segundo informou Timur Tkachenko, chefe da administração militar local. As explosões foram registradas nas primeiras horas do dia e causaram incêndios em um prédio não residencial, além de danos em imóveis próximos. “Explosões na capital. A cidade está sob ataque balístico”, escreveu o prefeito Vitali Klitschko em sua conta no Telegram durante a ofensiva.
O Serviço de Emergência do Estado relatou que parte dos destroços de mísseis interceptados caiu em áreas residenciais, quebrando janelas e provocando novos focos de fogo. Equipes de resgate atuaram durante toda a madrugada para conter as chamas e socorrer as vítimas.
Na região de Dnipropetrovsk, outras duas pessoas morreram e sete ficaram feridas. O governador interino, Vladyslav Haivanenko, informou que tanto prédios de apartamentos quanto casas particulares foram atingidos, e parte da infraestrutura local foi danificada.
De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, a Rússia lançou nove mísseis e 62 drones contra o território ucraniano. As defesas do país conseguiram interceptar quatro mísseis e 50 drones, reduzindo o impacto dos ataques. Ainda assim, os danos em áreas civis reforçaram o pedido de Zelenski por reforço imediato nas defesas aéreas.
Em resposta, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que suas próprias defesas interceptaram 121 drones ucranianos durante a noite, numa escalada de acusações e retaliações que evidencia o aumento da intensidade dos combates aéreos entre os dois países.
Os ataques ocorrem em um momento de tensão crescente, com o inverno se aproximando e a Ucrânia alertando para novos riscos de destruição em massa de sua infraestrutura energética.

