
As autoridades policiais da Austrália confirmaram que o ataque antissemita ocorrido na praia de Bondi, em Sydney, na madrugada deste domingo (14), foi cometido por pai e filho. O pai, de 50 anos, foi morto durante a ação policial, enquanto o filho foi detido com ferimentos, mas permanece em condição estável, segundo a polícia.
Em entrevista coletiva, o comissário da Polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, afirmou que as investigações iniciais descartam a participação de uma terceira pessoa no atentado. “Neste momento, estamos confiantes de que os dois indivíduos identificados foram os únicos envolvidos diretamente no ataque”, declarou.
O atentado resultou na morte de 16 pessoas e deixou cerca de 40 feridos, alguns em estado grave. Entre os atingidos, há civis e agentes de segurança que atuaram na contenção da ocorrência.
De acordo com a polícia, o suspeito mais velho possuía licença para seis armas há pelo menos dez anos. Todas as armas foram localizadas e apreendidas após o ataque. As autoridades informaram ainda que nenhum dos dois suspeitos tinha antecedentes criminais, o que aumenta a complexidade da apuração sobre o processo de radicalização dos envolvidos.
Durante a varredura na área, equipes especializadas encontraram dois dispositivos explosivos improvisados, que foram desarmados com segurança, evitando novas vítimas. O material recolhido será analisado para identificar origem, método de fabricação e possíveis conexões com grupos extremistas.
A polícia australiana trata o caso como ato terrorista com motivação antissemita e segue investigando se houve apoio logístico, financiamento ou inspiração externa. Autoridades federais e serviços de inteligência foram acionados para auxiliar na apuração.
O ataque ocorreu durante uma celebração judaica, o que reforçou o alerta máximo de segurança em locais religiosos e pontos turísticos em todo o país. O governo australiano afirmou que reforçará medidas de proteção e apoio às comunidades afetadas.

