
Um ataque aéreo conduzido por forças israelenses nesta quartafeira (19) acertou um automóvel na aldeia de Tiri, no sul do Líbano, resultando em uma pessoa morta e 11 feridas — entre elas estudantes que estavam em um ônibus escolar próximo. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde libanês e divulgada pela mídia estatal. O incidente segue um padrão de confrontos entre Israel e a milícia xiita Hezbollah na região.
Horas antes, um drone israelense havia atacado o campo de refugiados palestinos Ein elHilweh, nos arredores da cidade de Sidon, causando 13 mortes e diversos ferimentos. O ataque de terçafeira (18) foi o mais letal desde o cessarfogo firmado há um ano entre Israel e o Hezbollah, encerrando uma escalada aberta em 8 de outubro de 2023.
Testemunhas relataram que o ônibus escolar passou próximo ao veículo atingido no momento da explosão. O saldo de vítimas inclui o motorista do ônibus e vários alunos. A vítima fatal dentro do carro não teve identidade divulgada. As forças armadas israelenses não se manifestaram até o momento.
No campo de EinelHilweh, equipes de socorro buscavam restos mortais ao redor de um muro ensanguentado, enquanto veículos queimados e estilhaços estavam espalhados pelo local. O acesso de jornalistas foi impedido pelas autoridades libanesas no dia seguinte ao ataque.
Israel declarou, na noite de terça, que o alvo era “um centro de treinamento do Hamas” usado para preparar ataques contra seu território. O grupo palestino negou que a área atingida fosse uma instalação de treinamento.
O governo libanês enfrenta pressões dos EUA para avançar no desarmamento do Hezbollah, mas o grupo continua resistindo às exigências, citando a presença contínua de tropas israelenses em colinas fronteiriças como justificativa para manter suas armas.
Desde o início da guerra entre Israel e Hezbollah, estimada a partir de 8 de outubro de 2023, mais de 4mil pessoas morreram no Líbano — incluindo centenas de civis — e os danos foram calculados em cerca de 11bilhões de dólares, segundo o Banco Mundial. Em Israel, 127 pessoas morreram, sendo 80 soldados.

