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ASSÉDIO

Após seis meses e quatro tentativas frustradas, Justiça de São Paulo notifica deputado Fernando Cury a se defender por importunação sexual contra Isa Penna

Caso ficou parado enquanto Tribunal de São Paulo tentava intimar parlamentar a se manifestar sobre denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado

16 outubro 2021 - 17h25
Momento em que Fernando Cury se aproxima de Isa Penna.
Momento em que Fernando Cury se aproxima de Isa Penna. - (Foto: Alesp / Reprodução)

O Tribunal de Justiça de São Paulo só conseguiu notificar nesta sexta-feira, 15, o deputado estadual paulista Fernando Cury (Cidadania) para que ele apresente sua defesa prévia da acusação de importunação sexual contra a também deputada Isa Penna (PSOL). A intimação foi determinada em abril, mas ele ainda não tinha sido localizado pelo oficial de Justiça. Foram quatro tentativas frustradas.

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Denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, o deputado virou réu no processo há seis meses, mas o caso está parado aguardando as alegações da defesa. Em julho, o MP chegou a acusar ‘dificuldades criadas’ ao cumprimento da notificação.

“O deputado denunciado possui defesa constituída nos autos, que tem conhecimento do oferecimento da inicial e, não obstante tenha o Sr. Oficial de Justiça se dirigido ao endereço por ele mesmo fornecido em quatro oportunidades diversas, ele não foi encontrado para a notificação”, apontou a Procuradoria.

O desembargador João Carlos Saletti autorizou então, além da nova tentativa de notificação no endereço fornecido pelo deputado em Botucatu, no interior de São Paulo, a notificação por edital e mandou a defesa informar meios para entrar em contato com o deputado. A resposta veio em agosto.

Enquanto o processo não avança, Cury reassumiu o mandato após cumprir os 180 dias de suspensão pelo episódio. Ele foi filmado, durante uma sessão orçamentária transmitida ao vivo pelo canal da Assembleia Legislativa de São Paulo no YouTube, se posicionando atrás de Isa Penna e colocando a mão na lateral de seus seios. O deputado pediu desculpas e disse que a aproximação, que ele chamou de ‘abraço’, foi ‘um gesto de gentileza’.

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