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Relações Internacionais

Após Brasil e França, Alemanha pressiona Obama sobre espionagem

24 outubro 2013 - 11h11
Comper
A chefe do governo alemão, a chanceler Angela Merkel, telefonou ao presidente Barack Obama após receber informações de que os Estados Unidos teriam espionado suas chamadas no telefone celular.
Merkel é a terceira líder de um país aliado aos EUA a reclamar das alegações surgidas após o vazamento de dados promovido por Edward Snowden, ex-colaborar da NSA (Agência Nacional de Informação). François Hollande, da França, e Dilma Rousseff, do Brasil, já haviam convocado os respectivos embaixadores americanos para esclarecimentos.
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, confirmou a ligação e disse que “os Estados Unidos não estão monitorando e não vão monitorar as comunicações da chanceler”.
Carney não disse, no entanto, se Merkel havia sido monitorada no passado.
Em Berlim, o porta-voz do governo pediu “uma explicação imediata e compreensível” de Washington, dizendo que a confirmação da espionagem “abriria uma brecha na confiança” entre os dois países.
O governo em Berlim não disse de onde recebeu as informações sobre a suposta espionagem. A revista Der Spiegel disse em nota, no entanto, que as informações do governo alemão tem como fonte as investigações feitas por reportagens da revista.
Crise internacional
O telefonema de Merkel acontece no dia em que Dilma Rousseff deveria ser recebida com um jantar de Estado por Obama. A presidente brasileira dispensou a honraria após documentos vazados por Snowden indicarem que suas comunicações haviam sido interceptadas.
O episódio alemão também ocorre um dia após o chefe da inteligência americana, James Clapper, negar que os EUA tivessem gravado interceptações telefônicas de 70 milhões de franceses.
As alegações de que políticos franceses haviam sido espionados fizeram o presidente François Hollande convocar o embaixador americano.
Tanto Hollande quanto Dilma receberam telefonemas de Obama para dar explicações.
Segundo o porta-voz do governo alemão, Merkel “vê tais práticas como completamente inaceitáveis”.
Nascida na antiga Alemanha Oriental, onde a espionagem era prática comum de agentes do regime, Merkel reagiu rapidamente as alegações, botando pressão extra sobre Obama.
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