
Com a não aprovação da abertura da CPI do Transporte Coletivo em Campo Grande pela Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal de Campo Grande, o presidente da Comissão Permanente de Transporte e Trânsito da Câmara Municipal, vereador Coronel Alírio Villasanti, alegou que é preciso maior envolvimento da sociedade para cobrar um transporte público de qualidade.

“Precisamos de um maior envolvimento possível de todos os setores da sociedade, para que possamos juntos buscar soluções para o grave problema do transporte público de Campo Grande. Fizemos um diagnostico seguro e seguimos trabalhando. Não temos total certeza sobre todos os dados do sistema de transporte. Precisamos de maior transparência e não podemos ficar reféns do consórcio”, disse.
O trabalho de fiscalização da Comissão teve início no primeiro semestre, quando, após denúncias de superlotação nos terminais, vereadores foram pessoalmente verificar a situação. À época, a Casa encaminhou ofício à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), com cópia ao Consórcio Guaicurus, cobrando o aumento da quantidade de ônibus circulando na Capital, principalmente nos horários de pico, por conta do aumento dos casos de coronavírus na cidade.
Coronel Villasanti destaca importância da sociedade - (Foto: Izaias Medeiros)
Desde então, a Câmara tem articulado, junto ao Executivo e ao Consórcio, empresa que operacionaliza o transporte coletivo na Capital, propostas para diminuir a lotação nos ônibus, considerado um ponto de estrangulamento para o avanço da covid-19. Diversas reuniões já foram realizadas envolvendo os principais agentes envolvidos.
Segundo o presidente da Casa, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, a Comissão tem a confiança dos demais parlamentares em seu trabalho de fiscalização.
“Quando a Comissão não conseguir fazer seu trabalho de investigação, pode ser proposta uma CPI com fato determinado. Com esse fato, com certeza, abriremos uma CPI. Sabemos que tem que melhorar o transporte, tem que aumentar os ônibus. A questão dos terminais, com superlotação. A Comissão tem esse crédito de todos os vereadores para continuar fazendo esse trabalho”, garantiu.
De acordo com a Procuradoria, o pedido não preencheu os requisitos formais e legais para a abertura da CPI, como "fato certo e determinado" e "prazo determinado". A ausência dos requisitos impossibilitou a abertura da CPI, por ilegalidade formal.
