
Na sexta-feira à noite (11 de outubro), por volta das 20h, uma forte tempestade atingiu São Paulo. O vento passou dos 100 km/h e a cidade, aos poucos, começou a apagar. Primeiro, os bairros na Zona Sul ficaram no escuro. Depois, a queda de energia foi se espalhando, atingindo mais de 2 milhões de clientes da Enel, a empresa que cuida da distribuição de energia na cidade e na região metropolitana. Semáforos apagados, ruas escuras e moradores tentando se virar com velas, lanternas e baterias de celular.

A manhã de sábado (12) chegou e, com ela, uma nova contagem: a Enel já havia restabelecido a luz para cerca de 650 mil clientes. Mas 1,45 milhão de pessoas ainda esperavam no escuro. A maior parte dessas pessoas está na Zona Sul da capital, em bairros como Santo Amaro, Jardim São Luís e Pinheiros. Além de São Paulo, cidades da Grande São Paulo, como Taboão da Serra e São Bernardo do Campo, também foram muito afetadas.
Enquanto os moradores tentavam entender quando a luz voltaria, as equipes da Enel estavam nas ruas tentando consertar os estragos. A empresa colocou 2.500 técnicos em campo, inclusive com ajuda de profissionais vindos do Ceará e do Rio de Janeiro. Árvores caíram sobre os fios de eletricidade, postes tombaram, e boa parte da rede elétrica precisa ser reconstruída. A previsão de quando tudo volta ao normal? Ninguém sabe ao certo.
Os bairros mais afetados estão na Zona Sul, como Santo Amaro, Jardim São Luís e Pinheiros.
Nos bairros atingidos, os moradores relatam uma rotina de improviso. Comércios fechados, falta de água em algumas regiões (já que muitas bombas dependem de energia para funcionar) e trânsito ainda mais caótico sem semáforos. “Estamos sem luz desde ontem e nada de previsão”, conta um morador de Taboão da Serra, enquanto recarrega o celular no carro para conseguir acompanhar as notícias.
A Enel diz que está trabalhando para restabelecer o serviço o mais rápido possível, mas para muitos paulistanos, a espera pela luz parece uma eternidade.
