
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou nesta terça-feira (14) o envio de uma equipe técnica ao Paraná para investigar a origem do apagão que atingiu todas as regiões do Brasil durante a madrugada. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a falha foi causada por um incêndio na subestação Bateias, operada pela Copel, no município de Campo Largo (PR).

O blecaute afetou 25 estados e o Distrito Federal, interrompendo o fornecimento de energia por até duas horas e meia em algumas regiões. De acordo com a Aneel, serão instaurados processos de fiscalização para apurar responsabilidades e verificar possíveis falhas operacionais ou estruturais.
"A fiscalização da Agência se deslocará ainda hoje para realizar inspeção in loco na subestação afetada e averiguar as causas da interrupção", afirmou a Aneel em nota oficial.
Energia já foi restabelecida - O ONS informou que o fornecimento foi normalizado gradualmente nas regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste cerca de uma hora e meia após o início da interrupção. No Sul do país, onde ocorreu o incêndio, o restabelecimento completo levou aproximadamente duas horas e meia.
A Copel, responsável pela subestação atingida, ainda não emitiu um relatório detalhado sobre a origem do incêndio, mas o Corpo de Bombeiros do Paraná já confirmou que as chamas comprometeram equipamentos críticos à distribuição nacional de energia.
Apagão não foi por falta de energia, afirma ministro - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou que o apagão não foi provocado por falta de geração de energia, mas sim por um problema técnico na infraestrutura de transmissão.
“Não é falta de energia. É um problema na infraestrutura que transmite a energia. Quando se fala em apagão, a gente lembra dos episódios de 2001 e 2021, que ocorreram por falta de planejamento e geração. Hoje temos energia suficiente”, disse o ministro em entrevista ao programa Bom dia, Ministro, da EBC.
Investigações e próximos passos - Com a inspeção presencial da Aneel e os levantamentos técnicos do ONS e da Copel, o Ministério de Minas e Energia aguarda um diagnóstico detalhado das causas do incêndio e seus desdobramentos. O episódio reacende o debate sobre a segurança da infraestrutura energética nacional e a necessidade de investimentos em manutenção e modernização do sistema de transmissão.
