Anatel alerta sobre riscos cibernéticos em TV Box não homologados e aponta "Bad Box 2.0" como ameaça

Anatel emitiu alerta sobre segurança de aparelhos de TV Box não homologados. - (Foto: Sinclair Maia/Anatel)

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu um alerta sobre os perigos de segurança cibernética associados aos aparelhos de TV Box não homologados, populares no Brasil como "gatonet" e usados para acessar conteúdo pirata. Um estudo divulgado na terça-feira (12) identificou o software malicioso "Bad Box 2.0" em dispositivos como InXPlus e TouroBox.

O malware "Bad Box 2.0" foi encontrado em 1,8 milhão de dispositivos no Brasil, o que torna o país o mais afetado. De acordo com a Anatel, o malware pode ser usado para acessar contas de usuários, gerar cliques falsos em anúncios, realizar ataques DDoS (ataques de negação de serviço) e transformar redes domésticas em instrumentos para atividades ilícitas.

A agência ressalta que a ameaça é globalmente reconhecida, com alertas emitidos por autoridades como o FBI e centros de segurança cibernética de países como Irlanda e Portugal. Além disso, o Google entrou com uma ação judicial contra os criadores do malware, com o intuito de combater essa ameaça.

Riscos adicionais e recomendações

Além de violar direitos autorais, os aparelhos não homologados apresentam riscos significativos à segurança cibernética, já que muitos possuem softwares maliciosos instalados ou podem ser infectados remotamente. A Anatel aponta que esses dispositivos são frequentemente usados para manipulação de dados pessoais, fraudes online e acesso a sites sensíveis, como de bancos e tribunais.

A Anatel orienta os consumidores a só adquirirem dispositivos homologados pela agência e a evitar fontes não confiáveis para baixar softwares ou atualizações. A recomendação também inclui manter sistemas operacionais e softwares atualizados, além de desligar dispositivos que apresentem sinais de comprometimento.

A Superintendente de Fiscalização da Anatel, Gesiléa Teles, afirmou que a agência está intensificando a fiscalização e desenvolvendo soluções para garantir um mercado digital seguro. "A sociedade precisa estar ciente de que não se trata apenas de um problema técnico, mas de um desafio que envolve segurança pública, proteção de dados pessoais e concorrência leal", concluiu.

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