
Márcio Martins Marangoni, um brasileiro que viajou a Orlando com a família para aproveitar os parques temáticos, acabou vivendo uma experiência que não estava no roteiro: enfrentar o furacão Milton. Durante uma entrevista ao A Crítica, Márcio relatou como foi lidar com o fenômeno climático e a preparação da cidade para esse tipo de situação. Para quem não está acostumado com furacões, o impacto pode ser grande, mas, segundo ele, a tranquilidade dos moradores locais e a organização da cidade ajudaram a acalmar os ânimos.

“Foi um susto, mas tudo estava sob controle” - Márcio conta que tudo parecia normal até os celulares começarem a apitar com um alerta da Central Nacional de Furacões. "O alerta chegou três dias antes do furacão atingir a Flórida. Naquele momento, começamos a perceber que a coisa era séria. Os parques começaram a fechar, e todo mundo foi orientado a voltar para os hotéis", relata. O furacão Milton, com ventos de até 120 km/h, chegou à costa da Flórida, trazendo muita chuva e preocupações, mas Márcio afirma que o susto foi maior do que o impacto real em Orlando.
A cidade, que está longe da costa, é conhecida por estar mais protegida de furacões fortes. Mesmo assim, o alerta causou apreensão, especialmente entre turistas como Márcio. "Foi assustador, principalmente para as crianças. Elas nunca tinham vivido algo assim. Mas as autoridades e o pessoal do hotel nos tranquilizaram o tempo todo, dizendo que estávamos em um lugar seguro", explicou.
Confira:
A corrida aos supermercados e a preparação da cidade - Assim que o alerta foi emitido, Márcio notou uma mudança na rotina da cidade. "Os supermercados lotaram. Todo mundo foi comprar água, comida e lanternas. O hotel onde estávamos já tinha uma boa estrutura para enfrentar esse tipo de situação, então não nos faltou nada, mas a cidade ficou com um clima de expectativa", contou.
Apesar da tensão, ele se surpreendeu com a calma dos moradores de Orlando. "Para eles, é quase uma rotina. O furacão foi um evento que trouxe alguns transtornos, como ruas alagadas e lojas fechadas, mas eles estão acostumados com isso. A cidade já tem um esquema bem organizado para esses momentos."
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A chegada do furacão e os dias de espera - Quando o furacão Milton finalmente passou por Orlando, Márcio lembra que a maior preocupação era com a intensidade dos ventos e as chuvas fortes. "A tempestade começou de manhã e foi ficando mais forte. O vento e a chuva não davam trégua, e a cidade ficou com várias áreas alagadas. Como Orlando é uma cidade baixa, a água demora a escoar, então algumas ruas ficaram intransitáveis por um tempo", contou.
A orientação das autoridades foi clara: era mais seguro ficar no hotel e esperar a tempestade passar. "Não podíamos sair, os supermercados e postos de gasolina estavam fechados, e as ruas alagadas dificultavam o trânsito. Mas no fim, o impacto foi menor do que imaginávamos. A estrutura da cidade, e especialmente dos hotéis, ajudou muito", disse ele.
A vida volta ao normal - Após a passagem do furacão, Márcio e sua família agora aguardam o retorno à normalidade. "Os parques devem reabrir nos próximos dias, e os voos logo voltarão ao normal. Tivemos que cancelar um cruzeiro, mas estamos mais tranquilos agora", relatou.
Para quem está planejando viajar para Orlando nos próximos meses, ele deixa uma mensagem de tranquilidade: "Não cancelem suas viagens. Orlando está segura e voltando à rotina. Claro, sempre é bom acompanhar as notícias, mas o pior já passou."
Márcio também menciona que o que mais o preocupou foi a reação de amigos e familiares no Brasil. "Eles ficaram mais preocupados que a gente aqui. A estrutura da cidade e o preparo das pessoas que vivem aqui fazem toda a diferença nesses momentos. Orlando já está voltando ao normal, e para nós, no fim, foi só um susto."
