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DIREITOS HUMANOS

Agepen promove ações do Agosto Lilás em unidades prisionais e assistenciais de MS

Agepen promove ações educativas em unidades penais femininas e masculinas para ampliar o debate e prevenir abusos

1 setembro 2025 - 07h30Redação
Campanha Agosto Lilás leva conscientização sobre violência contra a mulher ao sistema prisional de MS
Campanha Agosto Lilás leva conscientização sobre violência contra a mulher ao sistema prisional de MS - (Foto: Agepen)
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Durante todo o mês de agosto, o sistema penitenciário de Mato Grosso do Sul foi mobilizado em torno da Campanha Agosto Lilás, voltada ao enfrentamento da violência contra a mulher. A iniciativa da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) alcançou internas, internos, familiares, visitantes e servidores em diversas unidades do Estado com rodas de conversa, palestras, oficinas e manifestações culturais.

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As ações buscaram não apenas informar, mas criar espaços de escuta e diálogo sobre igualdade de gênero, direitos das mulheres e formas de romper o ciclo da violência. O foco principal foi fortalecer a cultura do respeito, mesmo em contextos marcados pela vulnerabilidade social e privação de liberdade.

No Estabelecimento Penal Feminino de Rio Brilhante, um dos destaques foi a realização da Conferência Livre de Direitos Humanos, que promoveu conversas sobre dignidade, reconstrução de vidas e direitos humanos. A atividade foi realizada com apoio da prefeitura local e instituições parceiras.

Em Dourados, mulheres em regime aberto participaram da palestra “Menos Culpa, Mais Amor”, ministrada pela psicóloga Bárbara Marques Rodrigues, do Instituto Viva Mulher. A conversa abordou os tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha, formas de denúncia e como solicitar medidas protetivas online.

Palestra com mulheres em regime aberto em DouradosPalestra com mulheres em regime aberto em Dourados

O Patronato Penitenciário de Paranaíba promoveu o projeto “Entre Elas” em parceria com a OAB/MS. A ação apresentou o projeto “OAB por Elas”, que oferece atendimento gratuito e multidisciplinar a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.

Já em São Gabriel do Oeste, uma palestra com representantes da OAB e da Escola do Legislativo local abordou a legislação e encerrou com um momento cultural de dança, incentivando a integração entre as participantes.

Outras unidades, como os presídios femininos de Ponta Porã, Jateí e o EPF “Irmã Irma Zorzi”, em Campo Grande, também promoveram rodas de conversa, palestras e ações de conscientização. Em Campo Grande, a Delegacia da Mulher participou diretamente das atividades com foco nas reeducandas.

Apresentação no Instituto Penal de Campo GrandeApresentação no Instituto Penal de Campo Grande

A campanha também se estendeu às unidades masculinas. No Instituto Penal de Campo Grande, por exemplo, internos assistiram a apresentações culturais organizadas pela psicóloga Patrícia Magalhães, com participação da defensora pública Taís Soares Vieira Ferretti, do Núcleo de Defesa dos Direitos da Mulher (NUDEN).

Na Penitenciária da Gameleira I, rodas de conversa foram realizadas com esposas de internos, com o apoio do CEAMCA (Centro Especializado de Atendimento à Mulher, à Criança e ao Adolescente em Situação de Violência). Já o Centro Penal Agroindustrial da Gameleira contou com ações em parceria com o Tribunal de Justiça e o Instituto Aciesp.

O Presídio de Trânsito de Campo Grande promoveu atividades voltadas especialmente à prevenção da violência doméstica, por ser uma unidade que recebe muitos custodiados acusados por esse tipo de crime. Internos participaram de rodas de conversa e receberam materiais educativos sobre a Lei Maria da Penha.

Em Anastácio, servidores da unidade penal de Aquidauana participaram de uma passeata organizada pelo judiciário local. Já em Naviraí, a Penitenciária de Segurança Máxima promoveu palestras para internos e servidores, conduzidas por policiais penais e pelo sargento PM Sales.

Para a diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, a campanha é mais do que uma série de eventos pontuais. “Dentro e fora dos muros das prisões, essa campanha é um mecanismo para reforçar o combate à violência contra a mulher e uma responsabilidade coletiva que precisa ser assumida em todos os espaços da sociedade”, afirmou.

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