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SANEAMENTO ESTATAL

MS define regras para levar água tratada e esgoto a áreas rurais até 2033

Portaria da AGEMS abre caminho para "soluções alternativas" onde redes convencionais não chegam

25 novembro 2025 - 14h30Da Redação
Técnico realizando medição em poço tubular ou cisterna em área rural de Mato Grosso do Sul
Técnico realizando medição em poço tubular ou cisterna em área rural de Mato Grosso do Sul - (Foto: Divulgação)

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul (AGEMS) publicou nesta terça-feira (25) as diretrizes técnicas para implantação de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário em locais onde as redes urbanas não se aplicam. A medida atende ao cronograma definido pelo Novo Marco Legal do Saneamento e visa universalizar o acesso até 2033.

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A consulta pública à qual a norma esteve submetida permitiu que gestores, prestadores e a sociedade opinassem sobre critérios de implantação. A regulamentação abrange assentamentos rurais, terras indígenas, comunidades quilombolas e áreas ribeirinhas, justamente os locais em que "sistemas convencionais de grandes redes não são viáveis técnica ou economicamente".

Portaria da AGEMS autoriza poços e cisternas como alternativa de saneamento em áreas rurais do MS

Universalização e operacionalidade - O objetivo é que Mato Grosso do Sul atinja cobertura de 99% de água tratada e 90% de coleta e tratamento de esgoto. Para alcançar isso, a portaria permite uso de poços tubulares, cisternas e fossas sépticas individualizadas, desde que atendam aos requisitos de segurança, qualidade e sustentabilidade ambiental.

O diretorpresidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, ressaltou que "não se trata apenas de cumprir a lei, mas de levar dignidade, saúde e qualidade de vida a cada cidadão sulmatogrossense". A norma faz alusão direta a experiências práticas, como o projeto piloto no Assentamento Guaicurus, em Terenos, onde a comunidade assume gestão autônoma dos sistemas com apoio técnico do poder público.

A portaria detalha os parâmetros técnicos que os sistemas alternativos devem obedecer, tais como monitoramento, inspeção, comunicação com usuários e cobrança de taxas de manutenção. 

Também é previsto o modelo de autogestão, no qual associações comunitárias operam e mantêm os sistemas instalados, cobrando tarifas simbólicas para garantir conservação. O piloto em Guaicurus segue esse formato, e servirá como referência para outras localidades mais remotas.

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