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17 de dezembro de 2025 - 21h33
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Cidade

Afonso Pena ganhará “cara nova” com recapeamento, sem dogueiros e estacionamento no canteiro central

Uma das principais avenidas de Campo Grande, a Afonso Pena passará por uma “recauchutagem” e até dezembro estará de cara nova.

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Governo do Estado investirá R$ 7,9 milhões no recapeamento do pavimento em toda a extensão da avenida, desde o Parque dos Poderes, na Rua Moacir do Carmo, até a Joaquim Dorneles. A prefeitura vai retirar os 22 traillers de lanche que funcionam à noite no canteiro central e a pedra, local de venda e compra de carros. Serão eliminadas 295 vagas de estacionamento em 45 graus, entre as Ruas Pedro Celestino e a Avenida Ernesto Geisel.
Segundo o diretor da Agência Municipal de Transporte e Trindade, Rudel Trindade, dos cerca de 4 metros dos canteiros, 1,6 m de cada lado serão utilizados para alargar a faixa esquerda que passará de 3,5 para 5 metros. O restante do canteiro será transformado em área verde, nos mesmos moldes do que já foi feito no trecho em frente à Prefeitura de Campo Grande até a Rua Padre João Crippa.
O comércio de lanches do canteiro central será removido para um “lanchódromo” no Horto Florestal, no cruzamento da rua Anhandui com a Fernando Côrrea da Costa, exigindo a retirada da pista de bicicross. “A obra na avenida é inevitável. Então aceitamos a proposta da prefeitura, por ser a única área perto do centro capaz de receber todos os comerciantes”, justifica o presidente da Amval (Associação Municipal dos Vendedores de Lanches), Emerson do Nascimento. Ao todo, há 22 trailers de lanche na
Afonso Pena.
Além de ceder a área, a prefeitura vai oferecer infraestrutura como banheiro, ligação de esgoto e energia elétrica. Já os comerciantes devem sair da informalidade. Por meio de parceria com o Sebrae, eles vão constituir empresa e recolher impostos. Nos moldes de programas já adotados na Feira Central e Camelódromo. “O nosso sonho era deixar de ser ‘dogueiro’ para ser empresário”, afirma Emerson.
O presidente da Amval admite que o novo endereço não nem tanto fluxo de pessoas como na avenida. “Não se compara a Afonso Pena, mas a localização é boa. Vamos investir em marketing para chamar o público. Uma possibilidade é funcionar 24 h, além de ter apresentações culturais trazidas pela Fundação de Cultura”, explica.
Para ele, a concentração de todos os comerciantes no mesmo espaço também deve levar à diversificação do cardápio. A proposta é que os trailers sejam substituídos por quiosques.
A notícia da transferência do comércio de lanches do canteiro central da avenida Afonso Pena para o Horto Florestal foi recebida com alívio por comerciantes e moradores vizinhos aos trailers. “Vou ter menos trabalho”, afirma Mário Ayabe, dono de uma banca de revistas localizada próximo a 13 de Maio. Todos os dias, religiosamente, ele chega às 5h40 e faz a limpeza.
Para livrar os clientes da visão das fezes e do fedor da urina, o comerciante traz desinfetante de casa e empresta a água de um banco. A banca funciona há 30 anos, sendo nos últimos 15 anos sob o comando de Mário.
Próximo a 14 de Julho, a proprietária de uma loja e uma agência de viagens chegou a colocar um cartaz com o seguinte aviso: “Aqui não é banheiro público! Tem um na praça”. Há 45 dias também foi instalado um alarme com sensor de presença, que aciona uma sirene e acende a luz.
“É insuportável. Deixam muita sujeira. Meu Deus do Céu, de sexta-feira para sábado é o caos”, enfatiza a agente de turismo Lourdes Paiva. Ela relata que a situação melhorou depois da instalação do alarme. “O pessoal do hotel aqui do lado reclama do barulho da sirene. Mas a proprietária conversou com eles, disse que não há o que fazer”, afirma Lourdes.
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