
Um grave acidente no Elevador da Glória, um dos pontos turísticos mais visitados de Lisboa, deixou ao menos 15 mortos e 18 feridos nesta quarta-feira (3). De acordo com as autoridades locais, cinco vítimas estão em estado grave e outras 13 não correm risco de morte. Há estrangeiros entre os atingidos — até o momento, foi confirmada a presença de uma sul-coreana entre os feridos.

Equipes de emergência foram mobilizadas rapidamente para o local. Os feridos foram encaminhados para três hospitais da capital portuguesa: São José, Santa Maria e São Francisco Xavier. O trânsito na região foi bloqueado para facilitar o trabalho de resgate. A Polícia Judiciária já iniciou a investigação.
As primeiras informações indicam que o acidente pode ter sido provocado pela ruptura de um dos cabos do bonde, que descarrilou e atingiu a fachada de um prédio. O sindicato dos condutores de bondes, Fectrans, afirmou ao canal SIC Notícias que denúncias sobre falhas na manutenção dos veículos vinham sendo feitas desde 2022.
A Carris, empresa responsável pelo transporte, negou irregularidades e declarou que todas as manutenções estavam dentro do prazo. A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) vai conduzir uma investigação para esclarecer as causas.
O Elevador da Glória é um dos principais funiculares de Lisboa, ligando a Praça dos Restauradores ao Bairro Alto. Com capacidade para mais de 40 passageiros, transporta cerca de 3 milhões de pessoas por ano, entre moradores e turistas.

Lisboa recebeu 8,5 milhões de visitantes em 2024, e o bonde amarelo e branco é considerado uma atração tradicional. Imagens exibidas pela televisão portuguesa mostraram o veículo tombado em uma rua estreita, com a lateral e a parte superior amassadas.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou solidariedade às famílias das vítimas. O governo decretou luto oficial de um dia em homenagem aos mortos, e o primeiro-ministro Luis Montenegro cancelou sua agenda pública.
