
O centro de Campo Grande mudou de cara. Ao longo de mais de 80 quadras, calçadas ganharam largura, guias foram rebaixadas e rampas surgiram nos cantos, facilitando o deslocamento de cadeirantes e de quem empurra carrinhos ou carrega peso. O piso tátil guia passos de quem não enxerga, enquanto árvores jovens começam a fazer sombra sobre bancos recém-instalados.

As intervenções fazem parte do “Viva Campo Grande II – Requalificação do Microcentro”, um pacote de obras que construiu 35 quilômetros de calçadas acessíveis, instalou 400 rampas, 78 conjuntos de bancos e lixeiras, além de plantar 1.300 árvores. O trânsito também foi redesenhado, com sinalização mais clara para pedestres e motoristas.
O resultado foi um centro mais convidativo. De 2018 para 2023, o número de pessoas circulando diariamente passou de 17,4 mil para quase 21 mil. As ruas ficaram mais movimentadas, o comércio se beneficiou e espaços antes subutilizados passaram a ser ocupados.
O projeto rendeu à capital sul-mato-grossense o Prêmio Cidade Caminhável 2025, na categoria Cidades Grandes, concedido pelo Instituto Caminhabilidade com apoio da Walk 21 e Urban95. A premiação reconhece iniciativas que deixam ruas e praças mais seguras e agradáveis para quem anda a pé.
Além de Campo Grande, também foram premiadas Natal (RN) e Anicuns (GO). Para a Cidade Morena, a conquista funciona como selo de que a transformação física das ruas também é uma transformação na forma como a cidade é vivida.
