
No Brasil, a fila para um transplante é uma espera sem garantias. No Mato Grosso do Sul, a situação é ainda mais delicada. A Fratello, uma associação dedicada a apoiar pacientes que precisam de órgãos, lançou no dia 27 de setembro, Dia Nacional de Doação de Órgãos, o projeto Padrinho Fratello – Apoie uma Vida. A proposta é captar recursos financeiros de pessoas físicas e jurídicas para ajudar pacientes que, muitas vezes, aguardam por meses ou anos por um doador compatível.

A campanha é simples: pessoas podem contribuir com R$ 50 por mês, e empresas com R$ 100. O dinheiro vai para ações de apoio a pacientes e familiares que enfrentam o calvário da fila de transplantes. Não é só sobre espera, mas sobre os custos emocionais e financeiros que vêm com ela.
Segundo o Dr. Gustavo Rapassi, idealizador da Fratello, o maior desafio é a falta de doadores. Mais de 70% das famílias no estado recusam a doação de órgãos. "A falta de informação e o medo são nossos principais inimigos", diz Rapassi.
No Brasil, mais de 50 mil pessoas esperam por um transplante. Cada doador pode salvar até oito vidas, mas a decisão de doar, no calor de uma perda, não é fácil. A Fratello trabalha para mudar isso, promovendo a conscientização sobre o que pode ser o maior gesto de generosidade que alguém pode fazer: dar a outro a chance de continuar vivendo.
