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EXPOGRANDE

Do feno ao confinamento: como a Agro Santa Clara virou referência no agro moderno

Na Expogrande, Ricardo Goulart, da Agro Santa Clara, fala sobre produção de feno, boitel e os novos rumos da pecuária com mais tecnologia e sustentabilidade

14 abril 2025 - 15h29Da redação
Ricardo Goulart, da Agro Santa Clara
Ricardo Goulart, da Agro Santa Clara - (Foto: Divulgação)

A Expogrande 2025 não é apenas um espaço de negócios. É também um retrato do agro que evoluiu — e ninguém traduz melhor essa mudança do que Ricardo Duarte Goulart, produtor rural à frente da Agro Santa Clara, que participou de entrevista no estúdio do Grupo Feitosa de Comunicação.

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“Sou de uma época em que o boi ficava no pasto por meses. Hoje, em 90 dias, o animal está pronto para o abate com muito mais eficiência”, contou Ricardo, entre um gole de café e outro aperto de mão de clientes que passavam pelo estande.

Confinamento com gestão, planilha e resultado - A Agro Santa Clara trabalha com confinamento próprio e sistema de boitel. Ou seja, o pecuarista pode enviar seus animais para terminar a engorda nas instalações da empresa, com acompanhamento técnico e controle de desempenho.

“No boitel, o cliente pode acompanhar tudo: peso, evolução diária, custos e previsão de abate. A gestão é profissional. Temos agrônomos, veterinários e equipe de nutrição acompanhando de perto”, explica Ricardo.

Ele garante que, apesar de exigir mais estrutura, o confinamento traz retorno rápido. “Você gira mais rápido seu capital. Em vez de esperar oito meses no pasto, em 100 dias o boi já está pronto”, afirma.

Feno de Tifton 85 para venda no Estado e fora dele - Outro destaque da Agro Santa Clara é a produção de feno, feita com a gramínea Tifton 85, muito usada na alimentação de cavalos, gado leiteiro e animais de competição. “A gente vende feno o ano todo, mas o auge é na seca, quando o capim some”, explicou.

O feno é colhido, armazenado e transportado em fardos de alta qualidade. “Vendemos para dentro e fora do Mato Grosso do Sul. Atendemos criadores, haras, pecuaristas e quem precisa manter o gado alimentado mesmo sem pasto”, destacou.

Sustentabilidade com prazo e planejamento - Ricardo também falou sobre como o confinamento é um caminho mais sustentável para a pecuária. “Você tira o gado do pasto, dá tempo para a pastagem se recuperar e reduz o pisoteio na seca. Além disso, com manejo nutricional adequado, é possível reduzir emissões e até buscar selo verde ou crédito de carbono”, disse.

A Agro Santa Clara já usa tecnologia para isso: “Temos leitura por chip, planilhas digitais, acompanhamento com softwares. O futuro da pecuária é esse — quem não entrar nisso, vai ficar para trás.”

Confinamento é negócio, não improviso - Ricardo é direto ao falar com quem está pensando em entrar no sistema de confinamento: “Tem que planejar, tem que entender de nutrição, de manejo, de mercado. É rentável, mas exige técnica. Por isso o boitel é uma boa porta de entrada.”

Ele ressalta que mesmo quem não tem estrutura pode lucrar com o sistema. “O produtor pode comprar um lote de gado magro, mandar para o boitel, e em 90 dias ele tem lucro. É mais rápido, mais prático.”

Expogrande mais técnica e cheia de oportunidades - Sobre a feira, Ricardo ficou impressionado com o movimento. “Está muito mais técnica. Muita gente vindo pra fechar negócio. O agro está mudando, e a Expogrande está acompanhando esse ritmo.”

A Agro Santa Clara pretende continuar participando dos próximos anos. “Já virou tradição pra gente. Aqui a gente conversa, fecha negócio e encontra parceiros do agro inteiro.”

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