
Em meio à Expogrande 2025, um espaço de negócios e tradições do agro, a Bims Capital marcou presença com uma proposta diferente: unir o pequeno, médio e grande empresário do agronegócio, infraestrutura e setor imobiliário aos recursos que circulam no mercado financeiro. Durante entrevista ao Grupo Feitosa de Comunicação, os sócios Maria Victória Mattos e Rui Gomes Araújo explicaram como a empresa atua como ponte entre quem precisa de crédito e quem quer investir.

“A ideia é mostrar para o produtor que existem alternativas além do crédito tradicional bancário. O mercado de capitais está disponível, só que muita gente ainda não sabe como chegar até ele”, explicou Maria Victória.
De Campo Grande para o mercado nacional - A Bims Capital nasceu em 2023, reunindo profissionais com mais de 25 anos de experiência em grandes instituições como XP, BTG, Safra, BBM e consultorias internacionais. Segundo Rui Araújo, o diferencial da empresa está na união de conhecimento técnico, experiência prática, rede de contatos e reputação no mercado. “Nosso trabalho é entender a necessidade do produtor ou do empresário, avaliar o que é viável, estruturar uma solução e conectar com quem pode financiar isso”, resumiu Rui.
Crédito, reestruturação e fusões - A atuação da Bims vai desde o financiamento de lavouras e compra de máquinas, até reestruturação de dívidas, fusões e aquisições e até venda de propriedades e empresas. O foco é encontrar investidores nacionais e internacionais dispostos a apostar no potencial do agronegócio e outros setores em crescimento.
“Estamos vendo muitos grupos de fora querendo investir no Mato Grosso do Sul. Há interesse em frigoríficos, fazendas, indústrias. A gente entra para organizar esse processo e facilitar a operação”, contou Maria Victória.
Como funciona na prática? O processo começa com uma conversa com o empresário. A equipe da Bims analisa a documentação e, em até dois dias, dá um retorno sobre a viabilidade do projeto. “Se o negócio faz sentido, buscamos no máximo cinco fundos certos, que já olham aquele setor ou tipo de operação. Nada de sair atirando para todos os lados”, explicou Victória.
Se aprovado, o crédito pode sair em cerca de dois meses, dependendo do tipo de operação.
Pequeno produtor também pode? Sim, embora a empresa trabalhe mais com empresas estruturadas, ela também apoia pequenos e médios produtores, especialmente por meio de associações, câmaras de comércio e cooperativas. “Muitas vezes, juntos, esses produtores ganham força e acesso ao capital. A gente ajuda a desenhar essa estrutura”, afirmou Rui.
Taxa de juros ainda é desafio - Um dos obstáculos citados pelos sócios é o custo do dinheiro no Brasil. Com os juros altos, muitos fundos estão mais criteriosos, principalmente após crises envolvendo grandes nomes do setor agro. Mesmo assim, a Bims garante que existem caminhos possíveis, desde que o negócio esteja bem estruturado.
“Muitos fundos que olhavam qualquer tipo de agro hoje buscam produtores mais organizados, com gestão eficiente e dados em dia. É um novo momento”, explicou Rui.
O que é tendência? Para os próximos anos, os sócios apontam duas tendências fortes:
Investidores estrangeiros interessados no agro brasileiro, por causa do câmbio e do potencial de crescimento.
Consolidação de empresas, com fusões e aquisições que fortalecem grupos locais e atraem recursos.
“Temos mandatos internacionais em mãos. O agro brasileiro ainda é muito atrativo, e o Mato Grosso do Sul está no radar desses investidores”, disse Rui.
E o futuro da empresa? A Bims está em processo de crescimento e integração de novas áreas: corretora, gestora e administradora. Segundo os sócios, isso permitirá oferecer soluções ainda mais completas, além de ampliar a atuação no Brasil todo.
“Nosso papel é traduzir o problema em solução, o desafio em produto, e abrir portas que o empresário muitas vezes nem sabe que existem. E fazer isso com responsabilidade e agilidade”, concluiu Maria Victória.
