TCE
ESPORTE

Vini Jr. marca, Brasil bate Guiné por goleada em amistoso com ações antirracistas em Barcelona

O adversário será mais poderoso, Senegal, que chegou às oitavas de final da última Copa do Mundo e tem jogadores de relevo internacional

17 junho 2023 - 17h57
Joelinton, Rodrygo e Éder Militão também deixam as suas marcas na vitória com atuação modesta dos comandados de Ramon Menezes
Joelinton, Rodrygo e Éder Militão também deixam as suas marcas na vitória com atuação modesta dos comandados de Ramon Menezes

"Com racismo não tem jogo." Sob o lema antirracista, que moldou o cenário do amistoso deste sábado, a seleção brasileira venceu Guiné por 4 a 1, no vazio Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, na Espanha. Durante o primeiro tempo, o Brasil atuou com um uniforme preto pela primeira vez em sua história. O jogo ainda ficou marcado por manifestação dos jogadores, cartazes da torcida em homenagem a Vinícius Júnior, que marcou um dos gols, e um caso de racismo contra um amigo do atacante do Real Madrid nas dependências do estádio antes de a bola rolar.

Canal WhatsApp

Joelinton, Rodrygo e Éder Militão também balançaram as redes pela seleção brasileira. Os comandados de Ramon Menezes não apresentaram um futebol vistoso e tiveram dificuldade para controlar efetivamente o modesto adversário. Vini Jr., que tinha os holofotes voltados para si e vestindo a camisa 10, fez um jogo discreto. Melhorou a atuação no segundo tempo, com jogadas plásticas, adornada pelo gol de pênalti nos minutos finais.

O Brasil volta a atuar na próxima terça-feira, em Lisboa, no Estádio José Alvalade, casa do Sporting, às 16h. O adversário será mais poderoso: Senegal, que chegou às oitavas de final da última Copa do Mundo e tem jogadores de relevo internacional.

Jogadores brasileiros ajoelhados antes de a bola rolar em Barcelona. Jogadores brasileiros ajoelhados antes de a bola rolar em Barcelona.

Assim que o árbitro letão autorizou o início do jogo, jogadores de Brasil e Guiné se ajoelharam e sentaram no chão em protesto contra o racismo por um minuto. Apesar do estádio com muitos lugares desocupados, a torcida fazia barulho a casa vez que Vini Jr. tocava na bola. Nas arquibancadas, torcedores exibiam cartazes e faixas com menção ao brasileiro e em combate aos racismo.

Guiné não se intimidou no primeiro jogo contra uma seleção campeã mundial e seus jogadores não facilitaram a vida dos brasileiros, que demoraram a se encontrar no jogo. O ritmo da equipe guineana não era nada amistoso.
O oportunismo falou mais alto aos 27 minutos em favor da seleção brasileira. Guiné cometeu uma falta infantil na lateral da grande área. Na cobrança de Danilo, Richarlison desviou o cruzamento, o goleiro Koné fez boa defesa, mas o estreante Joelinton - que não perdeu o faro de gol, apesar de deixar a posição de atacante - apareceu para empurrar para a rede.

Com o placar inaugurado, o Brasil entendeu que o lado esquerdo era o ponto fraco da defesa de Guiné. Por lá, Rodrygo foi valente, recuperou a posse de bola e chutou para estufar a rede e ampliar o marcador. Guiné, porém, não esmoreceu e mostrou vontade para aproveitar qualquer brecha. Guirassy aproveitou indecisão da defesa brasileira e cabeceou para as redes após cruzamento no limite da linha de fundo, descontando o placar aos 36 minutos.

O primeiro tempo mostrou um Brasil sem padrão de jogo, com dificuldade de articulação. A diferença notória da qualidade técnica deu vantagem ao time brasileiro, que soube aproveitar as raras oportunidades que teve, especialmente pelos vacilos guineanos na lateral esquerda.

Na volta do intervalo, o Brasil trocou o uniforme pelo tradicional, com camisas amarelas, calções azuis e meiões brancos. Não demorou para a seleção engatar uma pressão sobre Guiné. Lucas Paquetá alçou a bola para a grande área, novamente do lado canhoto da defesa da seleção africana, Éder Militão apareceu e desviou para o fundo do gol.

Com a partida controlada, a seleção brasileira passou a arriscar em lances que exigem habilidade, como dribles, e precisão, com chutes de fora da área. Vini Jr. se sentiu mais à vontade e começou a aparecer mais.
Com alterações, Guiné ganhou fôlego novo e se lançou ao ataque. Ederson se mostrou decisivo, como na final da Champions League no último sábado, e fez boa defesa. Richarlison pegou um gol impressionante, saindo cara a cara com o gol. O atacante do Tottenham se atrapalhou com a bola, exagerou nas tentativas de dribles e ficou no quase.

Aos 40 minutos, Malcom, que entrou no lugar de Rodrygo, balançou para cima da marcação e foi derrubado. O juiz assinalou pênalti e Vini Jr. foi para a cobrança. O atacante cobrou com categoria, buscando o canto inferior direito e fazendo a festa da torcida, para coroar um amistoso feito em torno da causa antirracista da qual ele se tornou a voz mais destacada no futebol. Pouco depois, ele foi substituído por Rony, do Palmeiras, e ganhou mais aplausos da torcida.

FICHA TÉCNICA BRASIL 4 x 1 GUINÉ
BRASIL GUINÉ
Ederson Ibrahim Koné
Danilo Antoine Conté
Éder Militão Sow
Marquinhos Mouctar Diakhaby
Ayrton Lucas Issiaga Sylla
Casemiro Diawara
Joelinton Moriba
Lucas Paquetá Guilavogui
Vini Jr. Naby Keïta
Rodrygo Kamano
Richarlison Guirassy
Técnico: Ramon Menezes Técnico: Kaba Diawara
GOLS
Joelinton aos 27 minutos
Rodrygo aos 30 minutos
Guirassy aos 36 minutos
Éder Militão aos 2 minutos
Vini Jr. aos 43 minutos
CARTÕES AMARELOS
Lucas Paquetá
Casemiro
Sylla
ÁRBITRO Andris Treimanis (LET)
PÚBLICO E RENDA Não disponíveis
LOCAL Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona
Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas