
A noite desta quinta-feira (11) no Maracanã teve um protagonista inesperado. Saindo do banco de reservas, o atacante Pablo Vegetti, de 37 anos, marcou o gol da virada do Vasco sobre o Fluminense, garantindo a vitória por 2 a 1 no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. O gol, anotado aos 48 minutos do segundo tempo, selou a virada vascaína e emocionou o argentino, atualmente fora do time titular.
“Eu sou um lutador e quero defender essa camisa da melhor maneira. Luto muito pelo Vasco. Estou em um momento difícil, não estou jogando muito, mas para mim, o clube vai vir sempre em primeiro lugar”, desabafou Vegetti ainda à beira do gramado, após ser ovacionado pela torcida.
Vegetti vinha enfrentando um momento delicado. Na goleada sofrida pelo Vasco diante do Atlético-MG por 5 a 0, no Campeonato Brasileiro, o centroavante foi substituído ainda no primeiro tempo devido à expulsão do volante Hugo Moura. Na ocasião, saiu de campo visivelmente irritado, o que gerou críticas.
“Não foi uma reação contra alguém. É que eu estava chateado com a situação. Ficou feio para fora, mas aqui dentro está tudo bem. Aquilo foi coisa de momento”, explicou, tentando encerrar a polêmica.
Além de garantir a vitória vascaína, o gol no clássico carioca teve um peso ainda maior: Vegetti chegou a 27 gols na temporada, ultrapassando Kaio Jorge (Cruzeiro) e se tornando o artilheiro do futebol brasileiro em 2025.
O gol também manteve vivo o sonho cruzmaltino de conquistar a Copa do Brasil. O segundo e decisivo jogo da semifinal será no próximo domingo, novamente no Maracanã, às 20h30. O vencedor enfrentará Corinthians ou Cruzeiro na grande final.
Apesar da euforia pela virada, Vegetti manteve os pés no chão e demonstrou foco total no duelo de volta.
“Precisamos acreditar. Sabemos que só ganhamos um jogo e ainda não chegamos onde queremos estar, que é a final. Vamos manter o foco para a próxima partida”, afirmou.
A vitória e o desempenho de Vegetti reacendem a esperança do torcedor vascaíno, que viu no argentino um símbolo de superação e entrega, características que marcaram sua trajetória desde a chegada a São Januário.

