
O chefe da Ferrari, Frédéric Vasseur, fez uma análise franca sobre o início de temporada de Lewis Hamilton na escuderia italiana. Segundo ele, a troca da Mercedes — onde o britânico correu por 12 anos — para a Ferrari trouxe um desafio maior do que ambos previam, exigindo adaptação ao carro, à cultura de trabalho e aos métodos internos da equipe. “Foi uma mudança enorme para o Lewis em termos de cultura, de pessoas ao redor dele, em termos de software, em termos de carro, em termos de qualquer tópico. Foi uma grande mudança que talvez tenhamos subestimado, Lewis e eu”, afirmou Vasseur.

O dirigente destacou que, nas últimas quatro ou cinco corridas, Hamilton voltou a apresentar ritmo competitivo, sinalizando evolução no entrosamento com a equipe.
Vasseur reforçou que a Ferrari mantém um foco único: voltar a conquistar o campeonato da Fórmula 1. “Todos na empresa estão convencidos de que podemos atingi-lo, que podemos alcançar, e que estamos indo na mesma direção”, disse, demonstrando confiança no projeto.
Apesar do otimismo, o francês reconheceu que a equipe ainda precisa de tempo para acertar detalhes e consolidar a performance. O regulamento técnico previsto para 2026 é visto como uma oportunidade estratégica para a escuderia dar o salto necessário. “Não é segredo que a Ferrari quer ganhar de novo, mas temos um objetivo muito claro. Demos um passo à frente decente em tudo, mas agora precisamos de um pouco mais de tempo para ajeitar tudo, e o desafio de 2026 é uma boa oportunidade”, completou.
No atual campeonato, Hamilton ocupa a sexta colocação com 109 pontos, distante do líder Oscar Piastri, da McLaren, que soma 284 pontos. A estreia do britânico pela Ferrari, cercada de expectativas, ainda não correspondeu ao desempenho esperado.
A próxima corrida da temporada será o Grande Prêmio da Holanda, no dia 31 de agosto, às 10h (horário de Brasília).
