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Polícia investiga plano de sequestro contra Pedrinho, presidente do Vasco

Delegacia Antissequestro do Rio apura denúncia anônima e reforça segurança do dirigente, às vésperas de jogo decisivo contra o CSA

6 agosto 2025 - 08h27
Pedrinho, presidente do Vasco
Pedrinho, presidente do Vasco - (Foto: Dikran Sahagian/Vasco)

A Delegacia Antissequestro (DAS) da Polícia Civil do Rio de Janeiro abriu uma investigação para apurar a veracidade de uma denúncia anônima sobre um suposto plano para sequestrar Pedrinho, ex-jogador e atual presidente do Vasco da Gama. O dirigente foi oficialmente informado sobre a apuração nesta terça-feira (5), um dia antes do jogo decisivo contra o CSA, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil, em São Januário.

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A denúncia mobilizou a Polícia Civil, que afirmou em nota que está “seguindo todos os protocolos previstos, inclusive no que diz respeito ao suposto alvo, para garantir a segurança do presidente do Vasco”.

A investigação ocorre em um momento de pressão e tensão nos bastidores do clube, que vive uma temporada marcada por disputas políticas, desafios administrativos e episódios envolvendo a segurança pessoal do dirigente.

Essa não é a primeira vez que Pedrinho se vê envolvido em casos com potencial de violência. Desde que assumiu a presidência do Vasco, o ex-jogador tem relatado ameaças e agressões, sobretudo nas redes sociais. Em novembro de 2024, ele tornou público que vinha sendo ameaçado por torcedores insatisfeitos.

“Tenho certeza que vocês já sofreram isso. Se você sofreu uma ameaça, um xingamento agressivo... Me desculpa, você tem direito de fazer o que quiser. Se você não fez, você que tá errado, não são as pessoas que estão certas. Se todos os presidentes passam por isso, errado é quem ofende”, afirmou o dirigente à época.

Em julho deste ano, Pedrinho foi novamente citado em um episódio controverso. Um torcedor identificado como Krav Maroja alegou ter sido agredido por dirigentes do Vasco após o empate sem gols com o Independiente del Valle, pela Copa Sul-Americana. O torcedor também afirmou que o presidente esteve envolvido diretamente na agressão.

Pedrinho negou envolvimento, mas afirmou que o torcedor o havia ameaçado e divulgado seu endereço nas redes sociais. “Eu só soube ontem também que ele nas redes sociais pediu linchamento, passou meu endereço”, revelou, na ocasião.

Esses episódios acendem o alerta sobre a crescente hostilidade contra dirigentes no futebol brasileiro, especialmente em clubes de grande apelo popular e em contextos de instabilidade esportiva ou financeira.

A denúncia de sequestro chega em um momento crucial para o Vasco. O clube enfrenta nesta quinta-feira (7) o CSA, de Alagoas, em São Januário, pela partida de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Após o empate por 0 a 0 no jogo de ida, em Maceió, o time carioca precisa de uma vitória simples para avançar às quartas de final da competição nacional.

Apesar da gravidade da denúncia, até o fechamento desta matéria, o Vasco da Gama não havia se manifestado oficialmente sobre quais providências estão sendo tomadas para garantir a integridade física do presidente durante o evento esportivo.

A reportagem buscou contato com a assessoria de imprensa do clube, mas não obteve retorno.

Pedro Paulo Vieira, o Pedrinho, é um dos nomes mais respeitados na história recente do Vasco. Revelado pelo próprio clube, teve uma carreira de destaque como jogador e, após a aposentadoria, consolidou-se como comentarista esportivo antes de ser eleito presidente da SAF vascaína.

Ao assumir o comando do clube, prometeu reestruturar o Vasco e retomar a conexão com os torcedores. No entanto, sua gestão tem enfrentado fortes resistências internas e externas, especialmente por conta da complexa relação com a 777 Partners, empresa que detém a maior parte das ações da SAF vascaína.

A revelação do possível plano de sequestro representa mais um episódio em uma trajetória que, em poucos meses, passou da euforia da eleição para a turbulência institucional.

A crescente tensão em torno de dirigentes, jogadores e árbitros no futebol brasileiro não é um fenômeno isolado. O ambiente cada vez mais hostil, potencializado pelas redes sociais, tem gerado ameaças reais e situações que ultrapassam o campo esportivo.

Entidades como a CBF e os sindicatos de atletas têm feito alertas sobre a necessidade de protocolos mais rígidos de segurança para dirigentes e jogadores, especialmente em momentos de alta exposição midiática ou tensão esportiva.

Enquanto a investigação da DAS prossegue, a expectativa é que a segurança em torno de Pedrinho seja reforçada, especialmente nos arredores de São Januário, palco do confronto desta quinta.

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