
O Vasco está de volta à final da Copa do Brasil depois de 14 anos. Mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Fluminense, neste domingo (15), no Maracanã, o time comandado por Fernando Diniz levou a decisão para os pênaltis graças ao placar agregado empatado e confirmou a classificação com atuação decisiva do goleiro Léo Jardim, principal nome da noite.
Com a vaga garantida, o Vasco enfrenta o Corinthians na decisão do torneio. A equipe paulista também avançou nos pênaltis, após derrota por 2 a 1 para o Cruzeiro no tempo normal, na Neo Química Arena. A final será disputada em dois jogos: a partida de ida acontece em São Paulo, na quarta-feira, e a volta está marcada para domingo, no Maracanã.
Além do aspecto esportivo, a classificação assegura ao Vasco, no mínimo, R$ 33 milhões, valor destinado ao vice-campeão da competição. O resultado também tem impacto direto na tabela do Campeonato Brasileiro, já que impede o São Paulo de garantir vaga na Libertadores por meio do G-8, cenário que se concretizaria em caso de título de Cruzeiro ou Fluminense. Vasco e Corinthians seguem na disputa pela última vaga brasileira no torneio continental.
O Vasco entrou em campo com a vantagem construída no jogo de ida, quando venceu por 2 a 1, e adotou postura mais cautelosa, priorizando o controle dos espaços e apostando em transições rápidas. O Fluminense, empurrado pela torcida, buscou maior presença ofensiva, mas encontrou dificuldades para furar o sistema defensivo adversário.
O primeiro tempo foi marcado por intensa disputa no meio de campo, com muitas bolas longas, faltas constantes e ritmo elevado. A dificuldade para construir jogadas trabalhadas fez com que o jogo fosse decidido nos detalhes e nos erros individuais.
Mesmo mais recuado, o Vasco levou perigo em chutes de média distância. Andrés Gómez e Rayan arriscaram com força e obrigaram Fábio a fazer duas grandes defesas, mantendo o Fluminense vivo no confronto e evitando que o cenário se tornasse ainda mais favorável ao rival.
Com o passar dos minutos, o Fluminense se organizou melhor e passou a concentrar suas ações ofensivas pelo lado direito. Samuel Xavier e Canobbio foram os principais articuladores das jogadas, e foi por ali que saiu o gol tricolor.
Em lance trabalhado, Samuel Xavier acionou Canobbio em profundidade. O uruguaio cruzou rasteiro, Everaldo desviou na primeira trave e acertou a trave. Na sequência, Paulo Henrique tentou afastar, mas acabou marcando contra, abrindo o placar para o Fluminense aos 35 minutos do primeiro tempo.
Na volta do intervalo, o Vasco mostrou melhora na postura e passou a equilibrar as ações. Fábio voltou a ser exigido em finalizações, enquanto o Fluminense manteve maior presença territorial, porém com menor efetividade nas conclusões.
A entrada de Paulo Henrique Ganso deu mais qualidade à posse de bola do Fluminense. O camisa 10 organizou o jogo no campo ofensivo, com passes curtos e leitura refinada, incluindo um corta-luz que deixou Bernal em condições de finalizar, mas o chute saiu fraco.
A melhor chance da partida surgiu após falha da defesa vascaína. Serna ficou frente a frente com Léo Jardim, mas optou pelo drible em vez da finalização imediata, permitindo a recuperação do goleiro e desperdiçando uma oportunidade clara de decidir o confronto no tempo normal.
Nos minutos finais, as duas equipes reduziram os riscos e administraram o resultado. Com o placar agregado empatado, o clássico caminhou naturalmente para a disputa por pênaltis, confirmando o equilíbrio visto ao longo dos 180 minutos.
Nas cobranças, o Vasco mostrou mais frieza. Thiago Silva abriu a série convertendo para o Fluminense, mas Vegetti parou em Léo Jardim, que defendeu com os pés. John Kennedy também desperdiçou, recolocando o cruz-maltino na disputa. Rayan, Ganso, Victor Luis, Renê e Coutinho converteram suas cobranças.
Na sequência decisiva, Canobbio bateu no meio e viu Léo Jardim ficar parado para defender. Na última cobrança, Puma Rodríguez mostrou tranquilidade, marcou e garantiu o Vasco na final da Copa do Brasil, repetindo o feito de 2011, quando o clube conquistou o título.


