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Leila chama Dudu de covarde e desafia jogador no STJD: 'Vem aqui, vem encarar uma mulher'
Nesta terça-feira, 22, a União Brasileira de Mulheres (UBM) entrou com recurso na 5ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pedindo a ampliação da pena de Dudu, atacante do Atlético Mineiro, após ser punido por um episódio de misoginia contra Leila Pereira, presidente do Palmeiras. A organização, que foi a responsável pela denúncia inicial, pede que a suspensão de Dudu seja aumentada para dez partidas, ao invés das seis já aplicadas, além de um aumento na multa, que passaria de R$ 90 mil para R$ 100 mil.

A UBM considera a infração grave, alegando que o ato de Dudu afetou não apenas as mulheres, mas toda a sociedade. Em entrevista ao Estadão, o advogado da UBM, Carlos Nicodemus, afirmou: "Não pode o jogador se beneficiar de atenuantes que reduzam uma punição proporcional à gravidade da infração."
Além do aumento da pena, a organização também solicita que o jogador se retrate publicamente. Caso o recurso não seja aceito, a UBM já anunciou que levará o caso ao Pleno do STJD.
Dudu foi punido com base no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de punições para atos discriminatórios, e recebeu seis partidas de suspensão, além da multa. A defesa do jogador entrou com um pedido de efeito suspensivo, mas o STJD apenas suspendeu a multa e manteve a pena de suspensão.
O episódio ocorreu após Dudu, em janeiro deste ano, fazer publicações ofensivas a Leila Pereira nas redes sociais. Na sequência, o jogador não compareceu ao julgamento, enviando um vídeo de desculpas. Leila reagiu à ausência de Dudu, chamando-o de "covarde" e pedindo que ele se apresentasse pessoalmente para enfrentar uma mulher.
Após o julgamento, Leila Pereira comemorou a decisão do STJD e afirmou que a punição era um marco para o futebol, representando uma vitória para as mulheres: "Essa pena é pedagógica e envia um recado claro de que a violência contra a mulher é inaceitável e deve ser combatida."
