Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
30 de setembro de 2025 - 23h18
tjms
FUTEBOL E POLÍTICA

Plano de paz de Trump suspende decisão da Uefa sobre exclusão de Israel

Proposta americana para Gaza faz entidade adiar votação sobre banimento de Israel de competições esportivas

30 setembro 2025 - 20h45Agência Estado
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe na Casa Branca o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebe na Casa Branca o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. - (Foto: Andrew Caballero Reynolds/AFP)
Terça da Carne

O plano de paz anunciado por Donald Trump na última segunda-feira para encerrar a guerra na Faixa de Gaza levou a Uefa a adiar a decisão sobre a exclusão de Israel de suas competições. Segundo o The Times, a entidade entendeu que este não era o momento adequado para deliberar, considerando a nova iniciativa americana.

Canal WhatsApp

Divulgada na Casa Branca após reunião de Trump com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, a proposta reúne 20 pontos, incluindo cessar-fogo permanente, libertação de reféns, criação de um governo transitório sob supervisão internacional, exclusão do Hamas da administração palestina e compromisso de Israel de não anexar Gaza.

O plano recebeu apoio de oito países árabes — Catar, Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Paquistão, Indonésia e Turquia — que o classificaram como um esforço sincero para encerrar o conflito e abrir caminho para a paz.

Antes da iniciativa, a Uefa vinha sob forte pressão internacional para banir Israel, seguindo o exemplo da Rússia, excluída após a invasão da Ucrânia. Especialistas da ONU e federações de países como Turquia e Noruega pediam ação imediata, citando graves violações de direitos humanos. Lise Klaveness, presidente da federação norueguesa, afirmou que a exclusão seria coerente com a postura adotada contra a Rússia e anunciou que a renda do jogo entre Noruega e Israel, em 11 de outubro, será destinada à ajuda humanitária em Gaza, embora a partida possa ser cancelada.

Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez defende boicote semelhante, com o Congresso avaliando a possibilidade de não enviar a seleção à Copa do Mundo de 2026 caso Israel se classifique. Os protestos pró-palestina durante a Volta a Espanha, em agosto, reforçaram a pressão contra a presença de equipes ligadas a Israel.

Além de federações, um grupo de 50 atletas de diversas modalidades enviou carta à Uefa pedindo suspensão de Israel, coordenada pela Nujum Sports e divulgada pela Athletes 4 Peace, condenando a neutralidade diante do conflito. Por outro lado, os Estados Unidos, um dos três países-sede do Mundial, reforçaram a oposição a qualquer sanção, prometendo atuar para impedir a exclusão da seleção israelense.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop