
O árbitro Ramon Abatti Abel foi suspenso por 40 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após análise de sua atuação no clássico entre Palmeiras e São Paulo, disputado no Morumbis, no dia 5 de outubro, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (19), também puniu o árbitro de vídeo Ilbert Estevam, que participou da arbitragem por meio do VAR.
A suspensão foi aplicada em primeira instância pela Comissão Disciplinar do STJD, com base no Artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata da falha em observar as regras da modalidade. A punição poderia chegar a 120 dias, mas ambos receberam o gancho mínimo previsto.
O confronto entre os clubes paulistas terminou em vitória do Palmeiras por 3 a 2, com uma virada no segundo tempo após o São Paulo abrir 2 a 0. A atuação da arbitragem gerou revolta por parte do São Paulo, que apresentou uma representação ao tribunal listando diversos lances considerados decisivos.
Entre os principais episódios citados estão um possível pênalti não marcado do palmeirense Allan sobre o meia Jhegson Méndez Tapia, e uma entrada dura de Andreas Pereira, que poderia ter resultado em expulsão. O clube tricolor também contestou a expulsão do zagueiro Gustavo Gómez.
Mesmo após a partida, Ramon Abatti Abel continuou sendo escalado para jogos das séries A e B do Brasileirão. Ele apitou duas partidas da Série B e foi árbitro de vídeo auxiliar (AVAR2) no duelo entre Mirassol e Botafogo-SP. Em um dos compromissos mais recentes, entre Athletic e Ferroviária, também pela Série B, precisou sair de campo escoltado pela polícia. Curiosamente, ele está novamente escalado como AVAR2 no jogo entre Santos e Mirassol, também nesta quarta-feira (20), um dia após a divulgação da punição.
Apesar da decisão do STJD, ainda cabe recurso no Pleno do tribunal. Se não houver efeito suspensivo, a suspensão começa a valer imediatamente.
Além dos árbitros, os dirigentes do São Paulo Rui Costa e Carlos Belmonte também foram advertidos pelas declarações públicas feitas contra a arbitragem após o clássico. Ambos criticaram com veemência a atuação de Ramon Abatti Abel, o que levou a uma análise paralela de conduta por parte do STJD.

