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LIGA DAS NAÇÕES

Brasil vence China de virada e vai à semifinal da Liga das Nações de vôlei

Seleção masculina supera anfitriã por 3 sets a 1 após início instável; Alan brilha com 26 pontos e time volta à semifinal após três anos

30 julho 2025 - 09h23
Jogadores do Brasil comemoram ponto em partida contra a China, pela VNL
Jogadores do Brasil comemoram ponto em partida contra a China, pela VNL - (Foto: Volleyball World)

A seleção brasileira masculina de vôlei garantiu nesta quarta-feira (30) sua vaga na semifinal da Liga das Nações, após vencer a China por 3 sets a 1, de virada, em partida disputada na cidade de Ningbo, sede da fase final da competição. Em jogo marcado por oscilações, o time comandado por Bernardinho venceu com parciais de 29/31, 25/19, 25/16 e 25/21, em quase duas horas de confronto.

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Apesar da vitória, o Brasil levou um susto diante da seleção que teve o pior desempenho entre os classificados. A China entrou na fase final por ser o país-sede, mesmo tendo terminado a fase de grupos apenas na 17ª colocação, à frente apenas de Cuba. Já o Brasil foi o líder geral da primeira fase, o que fez o desempenho irregular no início do jogo soar como surpresa.

O grande nome da partida foi o oposto Alan, que brilhou ao marcar 26 pontos. O ponteiro Lukas Bergmann também teve atuação consistente, com 10 pontos.

O jogo começou com o Brasil se impondo e abrindo 5 a 1 rapidamente, mas a vantagem não durou. A China, apoiada pela torcida local, reagiu e virou o placar para 16 a 14, dando início a um set muito disputado, com chances para os dois lados. Após 37 minutos de parcial, os chineses fecharam em 31 a 29.

A derrota na primeira parcial pareceu abalar os brasileiros, que acumularam erros em todos os fundamentos, principalmente no saque e no bloqueio, pontos fortes da equipe durante a primeira fase do torneio. Mesmo o ataque, comandado por Alan e Lucarelli, encontrou dificuldade para superar o bloqueio chinês.

A resposta, no entanto, veio logo no segundo set. Com mais organização em quadra, o time retomou o padrão de jogo, voltou a ter eficiência no saque — com direito a ace — e cresceu no sistema defensivo. O Brasil abriu 21/17 e venceu a parcial por 25 a 19, empatando o jogo.

A virada no placar renovou a confiança da equipe, que controlou o terceiro set desde o início. Com forte atuação coletiva e novamente com destaque para Alan, o Brasil chegou a abrir 21 a 13 e fechou com autoridade em 25 a 16.

O quarto e último set foi mais equilibrado nos primeiros pontos, mas a seleção manteve o foco e abriu vantagem nos momentos decisivos. A parcial foi vencida por 25 a 21, selando a virada brasileira e garantindo o time nas semifinais da Liga das Nações pela primeira vez desde 2020.

Com a classificação, o Brasil agora espera o vencedor do confronto entre Japão e Polônia, que se enfrentam nesta quinta-feira (31). A semifinal está marcada para a sexta-feira (1º de agosto).

A vaga entre os quatro melhores da competição representa um avanço significativo para a seleção masculina, que vinha acumulando eliminações precoces nos últimos três anos, sempre nas quartas de final. O bom desempenho nesta edição reforça a expectativa em torno da equipe que busca reconquistar espaço no cenário internacional.

A Liga das Nações serve também como termômetro para os Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A boa campanha até aqui e a evolução demonstrada nas fases decisivas sinalizam que o trabalho de reconstrução sob o comando de Bernardinho começa a dar resultados.

O treinador voltou à seleção neste ciclo com a missão de recolocar o Brasil entre os protagonistas do vôlei mundial. A equipe, que sofreu com instabilidade nos últimos anos, agora mostra sinais mais claros de consistência e competitividade.

Destaques da partida:

  • Alan: 26 pontos e maior pontuador do jogo

  • Lukas Bergmann: 10 pontos e boa consistência no passe

  • Brasil: evolução no saque e defesa após set inicial

  • China: bom desempenho no primeiro set, mas caiu de rendimento

A semifinal, seja contra Japão ou Polônia, promete ser um grande desafio e novo teste para o Brasil nesta caminhada rumo ao topo.

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