A seleção brasileira de futebol feminino vive um dos momentos de maior prestígio popular de sua história. Segundo pesquisa divulgada pela Nexus em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), 73% da população brasileira avalia positivamente o desempenho da equipe nacional, resultado que reflete o impacto da medalha de prata conquistada nas Olimpíadas de Paris, em 2024.
Seleção é a principal vitrine para novos torcedores - O levantamento mostra que o orgulho pela seleção feminina é alto: 54% dos brasileiros afirmaram sentir orgulho da equipe, enquanto 21% dizem acompanhar ao menos uma partida da modalidade a cada 15 dias. A pesquisa reforça o crescimento contínuo do futebol feminino no País e aponta que a seleção tem sido a principal porta de entrada para que novos torcedores conheçam e se envolvam com o esporte.
“O futebol feminino é uma modalidade que cresceu bastante nos últimos anos, tem despertado cada vez mais interesse das pessoas, especialmente depois da medalha de prata na Olimpíada do ano passado. Mas esse interesse também tem sido permanente. Nossa missão é seguir engajando e mantendo a modalidade em alta”, declarou o presidente da CBF, Samir Xaud, em nota.
De acordo com a pesquisa, 59% dos entrevistados afirmam que os jogos da seleção brasileira são o principal ponto de contato com o futebol feminino. Além das partidas da equipe nacional, outras competições que contribuem para o engajamento do público são os Jogos Olímpicos, o Pan-Americano e os campeonatos internacionais de clubes.
Campeonatos nacionais também têm ganhado força. A última temporada do Campeonato Brasileiro Feminino registrou recordes de público em jogos realizados nos principais estádios do País, especialmente com equipes como Palmeiras, Corinthians e Ferroviária. Essas equipes vêm consolidando torcidas e atraindo atenção da mídia e de patrocinadores.
O aumento da audiência e da aprovação popular não oculta, no entanto, os desafios enfrentados pelo futebol feminino brasileiro. Casos recentes de denúncias contra clubes como Flamengo e Avaí Kindermann expuseram problemas estruturais, como a precariedade nos centros de treinamento e a falta de apoio institucional para as atletas.
Mesmo assim, o cenário atual representa um avanço significativo em comparação com décadas anteriores, quando o futebol feminino sofria com invisibilidade, poucos investimentos e quase nenhuma cobertura midiática.
A medalha de prata em Paris, somada ao aumento da audiência e do engajamento nas redes sociais, mostra que o esporte caminha para se consolidar como uma potência — não só no campo, mas também na preferência do torcedor brasileiro.
