O São Paulo terá que quebrar um jejum de mais de 30 anos para seguir vivo na Copa Libertadores. Derrotado por 2 a 0 pela LDU, nesta quinta-feira (18), na altitude de Quito, o time comandado por Hernán Crespo precisará devolver o placar no MorumBis para forçar a disputa por pênaltis e manter o sonho do tetracampeonato continental.
O desafio, no entanto, vai além do placar. Desde que a Libertadores adotou o formato de mata-mata, o São Paulo enfrentou dez vezes situações em que perdeu o jogo de ida – e apenas uma vez conseguiu reverter uma derrota por dois gols de diferença: nas oitavas de final de 1993, contra o Newell's Old Boys, da Argentina.
Naquela ocasião, após perder por 2 a 0 fora de casa, o Tricolor goleou no Morumbi por 4 a 0 e avançou rumo ao seu bicampeonato, que viria semanas depois. Desde então, o clube não conseguiu repetir o feito quando precisou reverter dois gols de desvantagem na Libertadores.
Desde 2004, o São Paulo avançou em alguns confrontos após derrotas mínimas na ida, como diante do Rosario Central (2004) e Estudiantes (2006). Porém, nunca passou de fase após perder o primeiro jogo por dois ou mais gols para equipes que não fossem argentinas.
Em 2016, por exemplo, foi superado pelo Atlético Nacional, no MorumBis, e não conseguiu reverter o resultado na volta, dando adeus na semifinal. Situação semelhante ocorreu contra Cruzeiro (2009) e Internacional (2010), ambos em confrontos nacionais.
Apesar da desvantagem, Hernán Crespo mantém a confiança. "O São Paulo está vivo. Criamos situações, chances de gols, e isso faz a gente acreditar. No mata-mata o jogo é de 180 minutos e os próximos 90 serão no Morumbi", disse o treinador.
Na partida em Quito, os equatorianos marcaram com Bryan Ramírez e Michael Estrada, construindo a vantagem que agora obrigará o São Paulo a fazer história em casa. A LDU, campeã da Libertadores em 2008, eliminou o Botafogo na fase anterior e agora busca novo avanço – mas, desta vez, terá de defender a vantagem fora de casa.
