O Santos enfrenta, pelo segundo ano consecutivo, o risco real de rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro. Ocupando a 16ª posição na tabela, o time está a apenas um ponto do Vitória, primeiro clube na zona de rebaixamento. Com 35,4% de chances de queda, segundo projeção do Departamento de Matemática da UFMG, a equipe vive um momento de incerteza esportiva e administrativa, que pode afetar diretamente o futuro de Neymar e o orçamento para 2026.
Contrato indefinido e retorno incerto - O camisa 10 retornou à Vila Belmiro no início de 2025 com contrato inicial até junho, depois estendido até dezembro. Desde então, sofreu com uma série de lesões, a mais recente sendo uma lesão de grau 2 no reto femoral da coxa direita. Neymar está em recuperação e trabalha para voltar aos gramados em novembro, com a meta de ajudar o time de Juan Pablo Vojvoda na reta final da competição.
Apesar do desejo mútuo pela continuidade, o estafe do jogador e a diretoria santista ainda não definiram a extensão do vínculo até 2026, ano da Copa do Mundo. Para que o acerto aconteça, a permanência do Santos na Série A é considerada condição essencial.
“O contato com o pai do Neymar é constante. Não discutimos em nenhum momento a renovação. A tendência é de que o Neymar permaneça. O projeto do retorno não é para seis meses ou um ano, é pensando na Copa do Mundo do ano que vem”, afirmou o presidente Marcelo Teixeira após o empate por 2 a 2 com o Botafogo.
A queda para a segunda divisão traria sérios impactos financeiros ao clube. Em 2024, ano em que disputou a Série B pela primeira vez, o Santos registrou um déficit de R$ 105,2 milhões, além de um aumento de 26% nas dívidas, que somaram R$ 977,04 milhões, conforme balanço oficial. Isso ocorreu porque o orçamento da temporada foi elaborado com base na permanência na elite do futebol brasileiro.
Sem a Série A em 2026, o clube sofreria nova redução de receitas, já que a renda com transmissões, patrocínios e bilheteria na segunda divisão é significativamente menor. A continuidade de Neymar, uma peça central tanto esportiva quanto comercial, também depende da estabilidade financeira.
Desde o empate contra o Atlético-MG, Neymar não entra em campo. No total, disputou apenas 13 partidas no Brasileirão e marcou três gols. A expectativa da torcida e da diretoria é de que ele esteja apto para ajudar o time nas rodadas decisivas de novembro e dezembro.
Risco de rebaixamento do Brasileirão:
Sport – 99,95%
Juventude – 93,8%
Fortaleza – 78,8%
Vitória – 57,9%
Santos – 35,4%
Internacional – 10,2%
Ceará – 9,7%
Red Bull Bragantino – 8,5%
Atlético-MG – 3,9%
Com a permanência na Série A em jogo, o Santos tem poucos jogos restantes para garantir sua vaga e manter vivo o projeto de Neymar até a Copa de 2026. A torcida espera que o retorno do camisa 10 seja o impulso necessário para evitar uma nova queda e garantir um futuro mais estável dentro e fora de campo.
