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ESPORTE

Rubiales admite arrependimento por beijo em Hermoso, mas ataca governo da Espanha

Ex-presidente da federação diz que gesto foi consentido e acusa uso político do caso

12 novembro 2025 - 16h25
Beijo Jenni Hermoso Luis Rubiales
Beijo Jenni Hermoso Luis Rubiales - (Foto: Reprodução vídeo)

Dois anos após o episódio que marcou o futebol espanhol e culminou em sua queda, Luis Rubiales voltou a comentar o beijo na jogadora Jennifer Hermoso, ocorrido durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina de 2023. Em entrevista ao programa "El Chiringuito", o ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) admitiu arrependimento, mas manteve a versão de que houve consentimento da atleta. Ele também atacou o governo espanhol, afirmando que o caso foi explorado politicamente.

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“Aquilo foi um erro, admiti isso na assembleia desde o primeiro momento, mas a mídia não deu destaque”, afirmou Rubiales. “Como presidente, deveria ter agido com mais serenidade, com mais postura institucional. Mas tudo foi exagerado, distorcido, e usado com interesses específicos.”

Rubiales foi banido do futebol por três anos pela Fifa e deixou o comando da RFEF ainda em 2023. Em fevereiro de 2025, foi condenado por agressão sexual, com multa de 10,8 mil euros e impedido de se aproximar de Hermoso. Apesar da decisão da Justiça espanhola, ele mantém sua versão.

Sem pedido de desculpas à jogadora - Questionado sobre um possível pedido de perdão à atleta, Rubiales foi direto: “Não vou me desculpar com Jenni Hermoso. Perguntei a ela, e ela disse ‘tudo bem’. Foi um beijo espontâneo, sem conotação sexual, diante de 80 mil pessoas.”

O ex-dirigente acrescentou que a jogadora teria mudado sua versão após a repercussão. “Jenni era uma amiga. Ela me abraçou depois de perder um pênalti, e o beijo aconteceu. Eu não vou alterar meu depoimento como outros fizeram. A verdade está nos autos, a sentença confirma isso.”

Acusações contra Pedro Sánchez - Na entrevista, Rubiales também apontou motivações políticas por trás do desenrolar do caso. Segundo ele, o governo espanhol teria se aproveitado da situação para ganhar apoio popular em um momento delicado politicamente.

“O que houve foi uma manobra da extrema esquerda, com o objetivo claro de criar uma narrativa conveniente. Pedro Sánchez precisava do apoio dos separatistas para seguir no poder e usou esse episódio como cortina de fumaça, no contexto da discussão sobre a lei de anistia. Tudo aconteceu no momento ideal para tirar o foco de temas mais espinhosos.”

Repercussão internacional - O caso teve ampla repercussão global e se tornou um símbolo da luta contra o assédio no esporte. O beijo foi considerado não consentido pela própria jogadora e denunciado à Justiça espanhola, que reconheceu o gesto como uma agressão. Rubiales, por sua vez, nega qualquer tipo de violência e se diz alvo de uma campanha midiática.

Desde o escândalo, o futebol espanhol passou por uma reformulação na cúpula da RFEF, enquanto Hermoso ganhou apoio de atletas, organizações e entidades de defesa dos direitos das mulheres.

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