Exatamente um ano após a demissão do técnico português Pedro Caixinha, o Red Bull Bragantino anunciou nesta sexta-feira (27) a saída de Fernando Seabra do comando técnico da equipe. A decisão foi tomada em meio à fase crítica vivida pelo clube no Campeonato Brasileiro de 2025, que agora vê a zona de rebaixamento cada vez mais próxima.
Com a queda de Seabra, o número de trocas de treinadores na Série A chega a 20 nesta edição do torneio. O anúncio oficial foi feito nas redes sociais do clube, que agradeceu o trabalho do técnico e dos auxiliares Álvaro Martins e Vinícius Rovaris, também desligados.
Instabilidade e pressão por resultados - Contratado em 2024 justamente para substituir Caixinha, Fernando Seabra teve uma passagem de 56 jogos pelo clube e foi fundamental para manter o Bragantino na Série A na reta final do Brasileirão passado. No entanto, a campanha deste ano ficou marcada por instabilidade, com 13 derrotas nos últimos 19 jogos.
O estopim foi a derrota por 3 a 0 para o Vasco no último domingo, considerada vexatória internamente. Com apenas cinco pontos a mais que o Vitória, primeiro time dentro do Z-4, a diretoria decidiu agir antes que a situação se agrave nas oito rodadas restantes da competição.
O Bragantino volta a campo no domingo (29), fora de casa, contra o Bahia. Até lá, o clube tenta definir um novo nome para o comando técnico. Um dos cotados é Roger Machado, recentemente desligado do Internacional, que pode repetir o cenário do próprio Seabra — contratado no fim da temporada passada para evitar a queda à Série B.
Seis clubes resistem à dança das cadeiras
Apesar das frequentes mudanças de técnicos na Série A deste ano, apenas seis clubes mantêm os mesmos treinadores desde o início do campeonato: Palmeiras (líder), Flamengo (2º), Cruzeiro (3º), Mirassol (4º), Bahia (5º) e Ceará (14º). A troca no Bragantino destaca o cenário de instabilidade técnica vivido por grande parte dos times da elite do futebol nacional.
