
A derrota por 2 a 0 para o Celta de Vigo, no Santiago Bernabéu, abriu uma ferida que já vinha se formando nos bastidores do Real Madrid. Com o Barcelona agora quatro pontos à frente na liderança de LaLiga, o tropeço acelerou cobranças internas e deixou Xabi Alonso mais pressionado do que nunca no comando merengue.
Segundo veículos espanhóis como Marca e El Mundo, Florentino Pérez reuniu a diretoria logo após o jogo para discutir a queda de rendimento e o desgaste na relação do treinador com atletas importantes. A situação se agravou nos últimos meses, especialmente após episódios públicos, como a irritação de Vinicius Jr. ao ser substituído no último clássico. A avaliação é de que parte do elenco deixou de responder ao técnico com a mesma intensidade.
A cúpula do clube definiu um ponto de corte: o confronto contra o Manchester City, pela Champions League, nesta quarta-feira. Um novo fracasso diante da torcida deve fortalecer a ala que defende uma mudança imediata para tentar conter a oscilação antes que a distância para o Barcelona aumente.
Nesse ambiente de incerteza, dois nomes voltaram ao centro das discussões. Zinédine Zidane, multicampeão no clube, é tratado como o projeto ideal. O francês, no entanto, ainda mira assumir a seleção da França após o fim do ciclo de Didier Deschamps, algo já declarado por ele. Mesmo assim, Florentino estaria disposto a oferecer total autonomia esportiva e até aceitar que Zidane dividisse funções entre clube e seleção.
Jürgen Klopp também é citado internamente. Hoje vinculado ao grupo Red Bull como dirigente global, o técnico alemão é considerado um perfil capaz de reconstruir equipes, embora não haja qualquer tratativa em andamento. Ainda assim, ele e Zidane são vistos como os dois alvos principais caso o clube opte por encerrar o ciclo de Xabi Alonso.
A quarta-feira, portanto, deve definir mais do que uma classificação: pode determinar se o Real manterá ou mudará de rumo na temporada.

