Críticas ao novo modelo do Mundial de Clubes da Fifa voltaram a ganhar força nesta terça-feira (17). Javier Tebas, presidente de LaLiga — entidade que organiza o Campeonato Espanhol —, declarou ser contrário à realização do torneio, que acontece nos Estados Unidos desde o último fim de semana.
Para Tebas, o campeonato, que reúne grandes clubes de diferentes continentes, sobrecarrega o já apertado calendário do futebol europeu e concentra recursos financeiros em apenas uma parte do setor. “Meu objetivo é que não exista mais o Mundial de Clubes. Tenho isso claro”, afirmou o dirigente.
Segundo ele, o torneio amplia um cenário de desequilíbrio. “Não há datas. Não faz falta uma competição a mais que move dinheiro para um setor de clubes e jogadores. Aqui não há mais dinheiro. Tem que ser mantido o ecossistema e eliminá-lo”, declarou.
Tebas defende que, se houver necessidade de manter o Mundial, que ele volte ao formato antigo, disputado em apenas um fim de semana. “Não tem como, nem por datas, nem por economia, nem por manter a sustentabilidade do futebol”, completou.
Pouca empolgação com o nível técnico - O presidente da LaLiga também disse que não tem acompanhado o torneio com interesse. Segundo ele, a qualidade das partidas não convence. “Não vi nenhuma partida. Bem, vi um pouco do jogo do Chelsea contra o Los Angeles. Me pareceu um amistoso de verão. Não vi intensidade, uma correria, pelo menos nos 25 minutos que eu vi”, avaliou.
Apesar das críticas, dois clubes espanhóis estão presentes no campeonato. O Atlético de Madrid disputa o Grupo B, ao lado de Botafogo, Paris Saint-Germain e Seattle Sounders. O Real Madrid integra o Grupo H, com Al-Hilal, Pachuca e RB Salzburg.
