Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
15 de outubro de 2025 - 15h22
FIEMS
ESPORTE

Presidente do Flamengo diz que Libra favorece o Palmeiras e critica Leila Pereira

Luiz Eduardo Baptista afirma que grupo de clubes tem influência palmeirense e contesta divisão de receitas

15 outubro 2025 - 12h35
Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, durante pronunciamento sobre o impasse com a Libra.
Luiz Eduardo Baptista, presidente do Flamengo, durante pronunciamento sobre o impasse com a Libra. - Foto: Mariana Sá/CRF

O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, conhecido como Bap, voltou a criticar publicamente a Libra — bloco que reúne clubes do futebol brasileiro em torno da venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Segundo ele, a atual configuração do grupo favorece o Palmeiras, clube presidido por Leila Pereira, e prejudica financeiramente o rubro-negro.

Canal WhatsApp

“Se pudesse voltar atrás no tempo, jamais teria concordado com a construção de uma Libra. A Libra é verde. A Libra é toda verde. A Libra é palmeirense”, afirmou Bap em entrevista ao portal Uol nesta quarta-feira (9). Ele também apontou que o advogado André Sica, atuante na estrutura da Libra, tem vínculos antigos com o Palmeiras. Sica negou favorecimento, alegando trabalhar com mais de 30 clubes no Brasil.

Leila e a acusação de infantilidade - Bap rebateu ainda declarações de Leila Pereira, que acusou o Flamengo de querer se isolar do bloco, chamando os rubro-negros de "terraflanistas". “Acho que é uma declaração infantil. Tentando colocar uma coisa que não é viável (Flamengo competir sozinho). O Flamengo nunca discutiu, nunca aventou essa possibilidade”, afirmou.

Segundo ele, o clube carioca sempre apoiou a lei do mandante, que permitiu aos clubes negociar individualmente suas transmissões, e tem defendido critérios de divisão mais justos para as receitas geradas pela mídia.

A insatisfação do Flamengo é com os critérios de distribuição de recursos do contrato da Libra com a TV Globo, válido até 2029 e estimado em R$ 1,17 bilhão por ano, fora as receitas do pay-per-view. Pela divisão atual, 40% são distribuídos igualmente, 30% conforme a audiência e 30% pela posição na tabela.

Bap critica especialmente o critério de audiência, que, segundo ele, não reconhece a força comercial do Flamengo. O clube conseguiu na Justiça bloquear o pagamento de R$ 77 milhões aos demais integrantes da Libra, referente à segunda parcela do contrato do Brasileirão de 2025.

O Palmeiras estuda ir à Justiça para liberar sua parte nesse montante. A primeira parcela, de R$ 76,6 milhões, foi paga em julho. Ainda faltam mais dois repasses.

Relações estremecidas no bloco - Além do embate com Leila Pereira, Bap citou a relação com o presidente do São Paulo, Júlio Casares, como mais amigável, embora também marcada por discordâncias. “Com o Casares, a gente tem uma relação pessoal, de empatia. Tivemos um ou outro estresse aqui e acolá.”

A Libra atualmente conta com Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Santos, Grêmio, Atlético-MG, Red Bull Bragantino, Bahia, Vitória, Guarani, Brusque, ABC, Remo, Paysandu, Sampaio Corrêa e Volta Redonda. O clima entre os clubes, porém, segue tenso, e há nos bastidores conversas sobre uma possível saída forçada do Flamengo do grupo.

Mesmo assim, Bap reitera que o clube não pretende deixar a Libra, mas que continuará lutando por uma divisão de receitas mais justa. Em entrevista à FlaTV, ele afirmou que não aceitará receber “só três vezes mais” do que os clubes menores, em função da diferença de mercado.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas