
O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou nesta sexta-feira (22) que 104 torcedores chilenos, detidos na Argentina após o episódio de violência na partida entre Independiente e Universidad de Chile pela Copa Sul-Americana, foram liberados pelas autoridades locais. O grupo estava preso desde o confronto ocorrido em Avellaneda, na Argentina, na última quarta-feira (20).

O presidente afirmou que o ministro Álvaro Elizalde informou sobre a libertação e ressaltou que o governo chileno continua trabalhando para erradicar a violência nos estádios, ao mesmo tempo que defende os direitos dos torcedores. "Essa libertação representa uma vitória, mas seguimos atentos à segurança de nossos compatriotas", declarou Boric.
O incidente teve início no segundo tempo da partida, com a Universidad de Chile com vantagem no placar. Torcedores da equipe chilena começaram a atirar pedras, o que resultou em uma reação violenta de parte da torcida local. Os confrontos ficaram ainda mais intensos quando os torcedores argentinos conseguiram invadir a área dos visitantes e cercaram vários chilenos, incluindo um que caiu de uma altura do estádio. As imagens da violência, com agressões e sangue, rapidamente tomaram as redes sociais.
A arbitragem interrompeu a partida e, após a paralisação, a Conmebol decidiu cancelar o jogo, informando que não havia garantias de segurança para sua continuidade. A disputa não será retomada e a decisão sobre o resultado final caberá às autoridades disciplinares da confederação. O episódio também expôs falhas na segurança, com a polícia local sendo acusada de não intervir adequadamente durante o confronto.
Boric já havia se manifestado nas redes sociais, condenando as cenas de violência, e afirmando que a responsabilidade pela segurança e organização do evento deveria ser apurada pela justiça. "O que aconteceu em Avellaneda é inaceitável e a justiça deve ser feita", concluiu o presidente chileno.
