
Durante o empate entre Palmeiras e Cruzeiro pelo Brasileirão, no último domingo (26), o goleiro Cássio foi atingido por uma garrafa de plástico lançada das arquibancadas do Allianz Parque. O jogo precisou ser paralisado por alguns minutos até que a situação fosse controlada.
O torcedor responsável foi rapidamente identificado pelos próprios palmeirenses e conduzido por uma equipe de segurança para fora do estádio. Segundo o clube, ele também foi levado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim) ainda no local, com boletim de ocorrência registrado, e teve seu CPF bloqueado no site de venda de ingressos para partidas do Palmeiras.
Em comunicado, o clube afirmou que adotará todas as medidas cabíveis. “Tomaremos todas as providências cabíveis, pois não toleramos esse tipo de comportamento em nossa casa”, disse o clube em comunicado.
A Secretaria do Estado da Segurança Pública (SSP) registrou o caso na 6ª Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) como promoção de tumulto e incitação à violência. “Um homem de 39 anos foi identificado pelas câmeras do estádio, assinou um Termo Circunstanciado e o caso foi encaminhado ao Jecrim”, explicou a SSP.
Para especialistas em direito esportivo, como o advogado Caio Galatti, do escritório Porto Advogados, se o clube colabora na identificação do torcedor, normalmente a responsabilidade recai apenas sobre o agressor. Porém, se for constatada facilitação, como permitir a entrada de objetos proibidos, o Palmeiras pode ser punido. As sanções variam desde multas, partidas com portões fechados ou até perda de mandos de campo.
Na súmula da partida, o árbitro Rafael Rodrigo Klein registrou o incidente e confirmou que o clube tomaria providências legais.
Após o jogo, Cássio destacou a ação rápida dos torcedores que ajudaram a identificar o responsável. “Não é legal levar uma garrafa nas costas, mas a torcida já identificou o indivíduo, e isso é importante”, afirmou.
O Palmeiras já havia sido punido em junho deste ano por arremesso de objetos, cantos homofóbicos e cabeças de galinha em clássico contra o Corinthians, recebendo multa de R$ 240 mil.
