
Um dos principais desafios do Palmeiras na temporada 2025 foi a exposição do meio de campo, problema que se manteve mesmo com tentativas de ajustes ao longo do ano. Emiliano Martínez não conseguiu se firmar como titular, enquanto Aníbal Moreno, que enfrentou instabilidade, acabou negociado com o River Plate.
Diante desse cenário, a diretoria passou a analisar alternativas no mercado, e um nome que agrada internamente é o do volante Fabinho, de 32 anos, atualmente no Al-Ittihad, da Arábia Saudita. O clube saudita estuda a rescisão contratual do jogador como parte de um plano de redução de gastos e renovação do elenco com atletas mais jovens.
Fabinho voltou recentemente ao radar da seleção brasileira, ao ser convocado por Carlo Ancelotti para um período de testes. O volante integrou o grupo que disputou a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e soma 30 jogos com a camisa da Seleção. Sua primeira convocação ocorreu em 2014, ainda com Dunga, logo após a Copa, embora a estreia tenha acontecido apenas no ano seguinte, atuando como lateral-direito, posição que também sabe exercer.
Ao justificar a convocação, Ancelotti destacou o perfil do jogador. “Quero encontrar um perfil que possa se encaixar nas características de Casemiro. Temos meio-campistas muito bons, mas com perfis defensivos diferentes. Fabinho tem estrutura, conhecimento da posição e experiência. É um jogador que está jogando e que já atuou em nível muito alto na Europa”, afirmou o treinador em novembro.
Para deixar o futebol saudita, no entanto, o volante precisará negociar os valores restantes do contrato, válido até junho de 2026. O salário anual de Fabinho é estimado em 24 milhões de euros (cerca de R$ 156 milhões), o que representa aproximadamente 12 milhões de euros (R$ 78 milhões) a receber no primeiro semestre de 2026. Apenas após esse acerto seria possível iniciar conversas com o Palmeiras sobre salários e condições no futebol brasileiro.
Fabinho está em sua terceira temporada na Arábia Saudita, com 84 partidas disputadas, quatro gols e seis assistências. Antes disso, teve passagem marcante pelo Monaco, onde foi peça-chave na conquista da Ligue 1 após 17 anos de jejum e na campanha até a semifinal da Champions League 2016/17.

