
O Operário Futebol Clube pode se tornar, nos próximos dias, o mais novo time de Mato Grosso do Sul a adotar o modelo empresarial das SAFs. A diretoria do clube confirmou o recebimento de uma proposta oficial da IM Global Sports, empresa ligada ao setor esportivo e musical, com raízes em Campo Grande.
A proposta será votada no próximo dia 17 de novembro, às 19h, durante Assembleia Geral Extraordinária com o Conselho Deliberativo. Para ser aprovada, a mudança precisa do apoio de pelo menos 27 dos 40 conselheiros.
No comunicado assinado pelo presidente Nelson Antônio da Silva, o Operário afirmou ter analisado e aprovado os termos comerciais iniciais propostos pela IM Global. “O clube manifestou interesse e concordância com os avanços comerciais propostos, reconhecendo a importância institucional e o potencial de desenvolvimento que esta parceria representa para o futuro do Operário”, diz o texto.
A IM Global Sports pertence aos irmãos Ivando e Marcelo Mandu Maluf, e tem como referência o empresário Eduardo Maluf, nome conhecido nos bastidores do futebol e da música sertaneja. Ele é responsável por agenciar artistas como Michel Teló, Gusttavo Lima e Maria Cecília & Rodolfo, além de jogadores como Michael (Flamengo), Matheus Pereira (Cruzeiro) e Léo Cittadini (Bahia).
Investidores campo-grandenses à frente - A negociação vem sendo conduzida pelo escritório jurídico SRST Advogados, responsável por elaborar o memorando de entendimento e o contrato preliminar que será apresentado na assembleia.
O grupo já havia sinalizado interesse em outubro. “Se amanhã for da vontade do clube, da sua diretoria e de todos, a gente vê com ótimos olhos. Até por ser também um grande clube da nossa cidade e Estado”, disse Eduardo Maluf à época.
SAF no Operário: o que muda? - A possível transformação segue os parâmetros da Lei 14.193/2021, que autoriza clubes de futebol a se tornarem empresas. Com isso, a gestão do futebol profissional passa a ser separada da associação civil e pode receber investimentos diretos, ganhando autonomia administrativa e financeira.
Com um modelo cada vez mais comum no país, a SAF permite que grupos empresariais assumam o comando do futebol em busca de reestruturação financeira, captação de recursos e melhor desempenho esportivo.
Se aprovada, a proposta pode representar uma virada de página para o Galo, tradicional clube da capital sul-mato-grossense, e recolocá-lo como protagonista no futebol regional e nacional.

