
O Brasil não chegou ao lugar mais alto do pódio na edição centenária da Corrida Internacional de São Silvestre, disputada na manhã desta quarta-feira, mas saiu com um saldo positivo. No feminino, Núbia de Oliveira garantiu a terceira colocação, repetindo o resultado obtido no ano passado, e mostrou confiança ao projetar a conquista do título nas próximas edições da tradicional prova pelas ruas de São Paulo.
Aos 23 anos, a atleta avaliou de forma otimista o desempenho e destacou o trabalho realizado ao longo da temporada. “Estou feliz com a minha colocação porque eu sei o quanto me dediquei e trabalhei. A gente vai voltar aqui. Eu tenho apenas 23 anos e acredito que eu vou voltar aqui e vencer essa prova”, afirmou em entrevista à TV Globo após a corrida.
Evolução em relação ao ano passado - Além do pódio, Núbia ressaltou a melhora no desempenho em comparação à edição anterior da São Silvestre. Segundo a atleta, o objetivo principal era apresentar uma performance superior à de 2023, o que acabou se confirmando ao longo do percurso.
“Foi uma excelente prova graças a Deus. Meu objetivo era chegar aqui e ser melhor do que ano passado e melhorei a minha marca. Não consegui o lugar mais alto do pódio, mas acredito e tenho muita fé em Deus que isso vai acontecer”, declarou.
A fala reflete a estratégia adotada pela corredora, que buscou administrar o ritmo desde o início, mesmo diante da forte concorrência das atletas africanas, tradicionalmente dominantes na prova.
Disputa intensa do início ao fim - Núbia também comentou sobre o nível da corrida e a dificuldade de acompanhar o ritmo das adversárias estrangeiras. A vencedora da prova feminina foi a tanzaniana Sisilia Panga, que liderou praticamente todo o percurso e cruzou a linha de chegada à frente da queniana Cynthia Chemweno, segunda colocada.
“Foi uma prova bem forte, consegui resistir três quilômetros com as africanas. O início da corrida foi bem intenso, mas busquei administrar durante todo o percurso. Tentei buscar a africana no final, mas infelizmente não consegui”, explicou a brasileira.
Mesmo sem a vitória, o terceiro lugar reforça a presença do Brasil entre as principais forças da São Silvestre e mantém viva a expectativa de um triunfo nacional nas próximas edições da corrida, que é uma das mais tradicionais do atletismo mundial.

