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ARENAS EM TRANSFORMAÇÃO

Santos e Portuguesa investem em novos projetos para modernizar estádios

Transformação das arenas brasileiras segue tendência iniciada na Copa de 2014; novas estruturas prometem melhorar a experiência para torcedores e gerar mais receitas.

21 agosto 2025 - 14h35Leonardo Catto
O Santos e a Portuguesa se preparam para transformar seus estádios em modernas arenas, com parcerias estratégicas e investimentos significativos para aumentar a capacidade e a rentabilidade.
O Santos e a Portuguesa se preparam para transformar seus estádios em modernas arenas, com parcerias estratégicas e investimentos significativos para aumentar a capacidade e a rentabilidade. - Foto: Divulgação
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O futebol brasileiro vive uma transformação desde a Copa do Mundo de 2014, com a adequação dos estádios ao "padrão Fifa", passando de simples campos para grandes arenas. Agora, o Santos e a Portuguesa se unem a grandes parcerias para modernizar suas respectivas casas e tornar seus estádios mais rentáveis e atraentes para grandes eventos.

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O projeto da nova arena do Santos, desenvolvido em parceria com a WTorre, prevê um investimento de R$ 700 milhões, incluindo contrapartidas ao município de Santos, como melhorias em infraestrutura e segurança no entorno do estádio. A arena contará com 30 mil lugares e estará pronta dentro de três anos. O presidente santista, Marcelo Teixeira, destacou a importância da modernização para preservar a história do clube e melhorar a experiência dos torcedores.

De forma similar, a Portuguesa trabalha com a construtora Revee para transformar o Estádio do Canindé em uma moderna arena. Com um custo de R$ 700 milhões, o projeto prevê uma capacidade de 46.500 lugares para jogos e até 84.500 pessoas para eventos, com início das obras previsto para janeiro de 2026.

Desafios na busca por públicos maiores

Enquanto novas arenas estão sendo projetadas, o futebol brasileiro enfrenta desafios em termos de público. Apesar da grande estrutura de muitos estádios, a presença de torcedores é desigual. A Neo Química Arena, do Corinthians, lidera com a melhor média de público entre as 12 sedes da Copa de 2014, com 42.036 pessoas por jogo. Por outro lado, a Arena Pantanal, com uma média de apenas 1.408 pessoas, tem a menor taxa de ocupação, representando apenas 3,1% de sua capacidade.

Outros estádios, como o Allianz Parque e o Maracanã, se destacam por manterem boas médias de público, com o Palmeiras faturando R$ 40,5 milhões em 2024 apenas com shows e eventos. O Flamengo, embora ainda em busca de um estádio próprio, continua a bater recordes de bilheteiras, com um lucro de R$ 19,6 milhões no primeiro turno do Brasileirão 2025.

No entanto, a pesquisa "Gastos com Futebol", realizada pelo Instituto Opinion Box, revelou que 61% dos brasileiros acreditam que os ingressos são caros, o que dificulta a atração de grandes públicos para os estádios, uma realidade que levou clubes como o Grêmio a adotarem estratégias como a redução de preços dos ingressos.

Desafios de manutenção e operação

Embora a modernização das arenas tenha trazido vantagens em termos de receitas, ela também impõe desafios em termos de custos operacionais. A Arena Pantanal, por exemplo, enfrenta um custo anual de cerca de R$ 15 milhões, que é compensado com um percentual da arrecadação dos eventos realizados no estádio. A operação das arenas exige uma gestão eficiente para garantir que os custos sejam balanceados com a geração de receita.

Além disso, a arena do Mané Garrincha, em Brasília, é um exemplo de um "gigante fora da curva", com uma média de público de 22.844 torcedores, mas que teve um pico de 70.027 espectadores durante um jogo da seleção brasileira, o que distorceu a média.

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