
O basquete brasileiro amanheceu de luto neste sábado (27). Maria Aparecida Cardoso Guimarães, a Cida Guimarães, morreu aos 95 anos, em São José dos Campos, no interior de São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.
A informação foi confirmada pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB), que lamentou a perda poucos dias após a morte de Cláudio Mortari, outro nome histórico da modalidade. Assim como no caso do ex-treinador, a entidade não detalhou o quadro clínico da ex-atleta.
Cida Guimarães foi uma das grandes referências do basquete feminino nacional. Atuando como pivô, defendeu a seleção brasileira e conquistou dois títulos sul-americanos, em 1954 e 1959, em um período em que a modalidade ainda buscava espaço e reconhecimento no país. Sua trajetória é considerada fundamental para a consolidação do basquete feminino e para a formação das gerações seguintes.
Além da relevância esportiva, Cida também marcou a história do basquete brasileiro por meio da família. Ela deixa quatro filhos, entre eles Cadum Guimarães, um dos armadores mais importantes do país. Cadum defendeu a seleção brasileira masculina entre 1979 e 1992 e fez parte do time que conquistou o histórico ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1987, em Indianápolis, quando o Brasil derrotou os Estados Unidos por 120 a 115, na primeira derrota dos norte-americanos em casa. Naquela equipe, atuou ao lado de nomes como Oscar, Marcel e Guerrinha.
Em nota publicada nas redes sociais, a CBB destacou a importância de Cida para o esporte. “Cida iniciou a caminhada de uma família basqueteira, e é mãe do nosso querido Cadum Guimarães, Eduardo, Ângela e Márcia, além de irmã de Maria Helena Cardoso. Nossas condolências aos amigos e familiares. Cida é um exemplo de garra, talento e amor ao basquete e à vida!”, escreveu a entidade.
Também pelas redes sociais, Cadum Guimarães informou os detalhes do sepultamento. O velório teve início às 10h deste sábado, em São José dos Campos, e o enterro está marcado para as 17h30.

