A McLaren deveria estar em festa após conquistar, com seis etapas de antecedência, seu 10º título mundial de Construtores na Fórmula 1. No entanto, a comemoração foi ofuscada por uma manobra polêmica de Lando Norris sobre Oscar Piastri logo na primeira volta do GP de Singapura, neste domingo (5).
Na disputa pela terceira posição, Norris forçou uma ultrapassagem agressiva sobre o companheiro de equipe, tocando no carro de Piastri. O australiano, atual líder do Mundial de Pilotos com 336 pontos, não escondeu a irritação. Durante a prova, questionou no rádio se a equipe "estava bem com Lando me empurrando para fora do caminho", e criticou como "piada" a recusa dos comissários em investigar o lance.
O britânico, que terminou em terceiro — uma posição à frente de Piastri — minimizou o incidente. “Qualquer um no grid teria feito o mesmo. Se ele me culpa por colocar meu carro por dentro, talvez não devesse estar na Fórmula 1”, disparou Norris, que soma 314 pontos e segue na briga pelo título.
Zak Brown, CEO da McLaren, preferiu não interferir. “Estamos deixando-os correr”, justificou, mas recebeu críticas por não agir diante do aumento da tensão entre os pilotos.
O clima na equipe esquentou ainda mais quando Piastri foi informado que Norris teria tentado evitar um toque com Max Verstappen, o que justificaria a colisão com ele. “Se ele tem que evitar outro carro batendo no companheiro, isso não é justo”, rebateu Piastri, indignado.
Apesar da rivalidade interna, o título de Construtores coroou uma das campanhas mais dominantes da história: 650 pontos, exatamente o dobro da vice-líder Mercedes. A McLaren agora soma 10 títulos, superando a Williams e ficando a seis da Ferrari.
Fora das disputas internas, a equipe também lida com a queda de desempenho nas últimas provas, o que reacendeu a disputa de Max Verstappen pelo título. O piloto da Red Bull venceu as corridas da Itália e Azerbaijão e ficou em segundo lugar em Singapura, atrás apenas de George Russell (Mercedes). Verstappen chegou a 273 pontos, mantendo-se na briga.
