
O meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham, foi advertido e repreendido nesta sexta-feira (31) por uma Comissão Reguladora independente da Federação Inglesa de Futebol (FA). A decisão veio após o jogador ter sido considerado culpado por não cooperar com a investigação sobre supostas manipulações de resultados, embora tenha sido absolvido das acusações principais no início deste ano.
 
Durante a investigação, Paquetá, seguindo orientação jurídica, respondeu “sem comentários” a diversas perguntas feitas pela FA. Apesar de o caso poder resultar em multa ou suspensão, a comissão optou por uma punição mais branda, levando em conta fatores atenuantes, como o impacto emocional e profissional que o processo causou no atleta.
O relatório menciona que a FA “aparentemente não estava interessada no que o jogador tinha a dizer” em uma segunda entrevista, e destacou que o processo afetou a saúde mental do jogador, além de ter influenciado negativamente sua possível transferência para o Manchester City.
Paquetá havia sido acusado de receber cartões amarelos propositalmente em quatro partidas entre 2022 e 2023 para supostamente influenciar apostas esportivas. A comissão rejeitou essa hipótese em julho, considerando que as evidências apresentadas não sustentavam uma manipulação de resultados.
O documento de 314 páginas, divulgado no mês passado, detalha que 542 apostas foram registradas por 253 apostadores diferentes, e 27 delas poderiam estar vinculadas ao jogador. As apostas teriam surgido após conversas em um salão de beleza no Rio de Janeiro, de propriedade da mãe de Paquetá.
A comissão, no entanto, considerou que os padrões de apostas eram “inconsistentes com manipulação de resultados”, atribuindo o caso a uma possível “transmissão aleatória de informações” no Brasil.
“Simplesmente não faz sentido que um indivíduo bem remunerado, que demonstrou amplamente sua generosidade e que aparentemente não tem interesse em apostas, dê a seus familiares ou amigos uma vantagem sobre as casas de apostas por quantias relativamente modestas”, escreveu o colegiado em sua decisão.
 
				
				
				
					
				
				
				
				
				
			 
						
 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									 
									