
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, usou suas redes sociais na quartafeira (24) para criticar declarações do presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, classificandoas como um “ataque machista” e se solidarizando com a jornalista Renata Mendonça, do grupo Globo.
As ofensas ocorreram durante um evento na terçafeira em que o Flamengo apresentou seus resultados financeiros da temporada de 2025. Na ocasião, o mandatário rubronegro defendeuse de críticas sobre a cobertura do futebol feminino e fez comentários ofensivos à jornalista, sem citar seu nome diretamente, referindose a ela com um termo pejorativo relacionado à sua aparência.
Bap havia criticado a forma como sua gestão tratava a modalidade, argumentando sobre os lucros de transmissão e questionando a comparação entre o futebol feminino e masculino. Em seguida, usou expressão ofensiva — reproduzida por público e imprensa — que motivou a reação de toda a classe.
Em resposta, Leila Pereira publicou uma mensagem em que repudia o ataque, chama a declaração de “machista” e expressa apoio à profissional agredida indiretamente.
“Minha solidariedade à competente jornalista Renata Mendonça, vítima de um ataque machista feito pelo presidente do Flamengo. De um dirigente de um grande clube, esperase condutas exemplares, nunca misoginia”, escreveu Leila.
A dirigente palmeirense completou afirmando que ainda existem homens que “desprezam o trabalho das mulheres no futebol”, mas ressaltou que a luta por igualdade e respeito continuará.
“Infelizmente, ainda existem homens que desprezam o trabalho das mulheres no futebol. Mas não vamos baixar a guarda! Seguiremos lutando para mostrar que lugar de mulher é onde nós quisermos!”
A Globo, emissora que reúne a profissional atacada, também se posicionou oficialmente. Por meio de comunicado publicado no site GE, a empresa repudiou o que classificou como um “ataque gratuito e misógino” e afirmou seu respeito às mulheres e à crítica construtiva.
Além de Leila, outras mulheres que atuam na mídia esportiva e no ambiente de clubes aderiram à corrente de apoio a Renata Mendonça nas redes sociais, criticando o episódio e compartilhando mensagens de solidariedade. Uma delas observou que “nem no Natal o machismo tira folga”.

